A Agência Europeia do Medicamento (EMA) ainda não aprovou, mas já aconselhou uso de emergência do antiviral molnupiravir.
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) vai acelerar o processo de avaliação do antiviral contra a covid-19.
Citado pelo Público, Marco Cavaleri, chefe da estratégia de vacinas da EMA, confirmou que ainda não existe aprovação final para o molnupiravir, mas disse também que recomenda que os Estados-membros disponibilizem o comprimido para uso de emergência antes da autorização oficial da EMA.
“Estudos sugerem que este tratamento pode reduzir a habilidade do coronavírus de se multiplicar no corpo, prevenindo, por isso, hospitalizações e mortes em pacientes com covid-19″, anunciou o organismo comunitário, no Twitter.
Oral antiviral #molnupiravir: We are ready to give advice to 🇪🇺 Member States so that they could make this new treatment available for emergency use, ahead of a marketing authorisation. #EMAPresser
— EU Medicines Agency (@EMA_News) November 4, 2021
Na conferência de imprensa, o especialista assinalou ainda que o uso emergencial aconteceu num momento em que vários países europeus estão a registar novos máximos de casos diários de infeção.
“Esta decisão baseia-se em resultados preliminares de estudos clínicos e de laboratório”, referiu Cavaleri.
O molnupiravir destina-se a ser tomado duas vezes por dia durante cinco dias por pessoas que estejam em casa com covid-19 ligeira a moderada e que tenham pelo menos um fator de risco de poder desenvolver doença grave.
Por enquanto, a Merck não avançou detalhes sobre potenciais efeitos secundários, assegurando apenas que a sua ocorrência foi similar entre as pessoas que receberam o medicamento e as que receberam placebos.
O fármaco aguarda ainda a avaliação dos reguladores de Estados Unidos – Food and Drug Administration (FDA) — e da União Europeia — Agência Europeia do Medicamento (EMA).