Hoje vistos como jogos de diversão para jovens, na antiguidade, os drinking games (jogos de bebida) eram comuns em toda a sociedade — e, por vezes, terminavam mal.
O kottabos era um antigo jogo de bebida da Grécia antiga e dos simpósios etruscos, em que o objetivo é atirar vinho a um disco usando um pequeno pires conhecido por kylix.
Embora tais jogos sejam agora relegados a estudantes universitários, todos, desde os filósofos antigos à realeza, envolviam-se em pequenas competições que envolviam o consumo de álcool, escreve o Gastro Obscura.
Hoje conhecemos o jogo da garrafa: em que se forma um círculo e gira-se uma garrafa ao centro. Repete-se duas vezes e as pessoas em quem a garrafa calhou têm de se beijar. O jogo foi muito popular entre adolescentes, principalmente durante o século XX.
As cortes reais europeias do século XVII tinham uma versão melhorada deste jogo: “Diana e o Veado”.
Depois de um jogador dar corda à máquina, a deusa Diana movia-se lentamente ao redor da mesa, até parar aleatoriamente diante de alguém. Essa pessoa, naturalmente, tinha que beber: a cabeça do veado abria-se para revelar um pequeno copo.
Em Roma, passatella era o jogo de eleição de todos, desde a plebe até Cícero. Neste jogo, cada pessoa recebe quatro cartas. As que tiverem as cartas de maior valor são designadas de “chefe” e “subchefe”.
Enquanto todos têm que contribuir para cada rodada de bebidas, os dois chefes podem distribuir e negar bebidas, muitas vezes através de discursos carregados de insultos.
Na Idade Média, o jogo tornou-se altamente violento, muitas vezes terminando com esfaqueamentos. Passatella ainda é jogado em tavernas no sul de Itália.
Os jogos de bebidas chineses, conhecidos como jiuling, surgiram como uma forma de manter a ordem nas festas. Em vez de cartas, eram usadas umas peças de prata, que davam certas ordens para determinadas pessoas beberem — como por exemplo o mais novo ou o mais falador, explica o Gastro Obscura.
Os jogadores que se mostrassem muito turbulentos ou rudes recebiam penalizações: mais bebida. Desistir do jogo era visto como a derradeira covardia, levando a que o jogador não fosse novamente convidado para futuros jogos.
Não parece ser muito diferente dos dias de hoje!