O objectivo da tecnologia é facilitar a construção de casas e pontes quando são precisas com urgência em zonas afectadas por catástrofes.
O Corpo de Engenheiros do exército norte-americano pode agora imprimir quartéis, bunkers e outras estruturas em ambientes desafiadores e de catástrofes naturais. O Programa chama-se Construção Automatizada de Estruturas Expedicionárias (ACES) e tem também planos para criar a primeira ponte para veículos impressa em 3D.
“A nossa prioridade era desenvolver a capacidade utilizando a tecnologia de impressão a 3D para uso num ambiente expedicionário, especialmente para propósitos militares” afirma Megan Kreiger, do Centro de Pesquisa de Engenharia e Desenvolvimento do exército, citada pela New Scientist.
“Isto significa que tem de se enviar os edifícios num contentor, tem de se usar materiais locais, tem de se trabalhar num ambiente sujo e que se é preciso que aguente com muito desgaste e continue seguro”, acrescenta.
Kreiger explica que as impressoras para materiais parecidos com cimento ainda não têm esta robustez e que geralmente precisam de uma argamassa especial. Mas a tecnologia ACES pode imprimir cimento em 3D feito com argamassa local.
Já várias impressoras foram criadas como parte do programa ACES, incluindo uma chamada ACES Lite feita em parceria com a Caterpillar. Segundo o Corpo de Engenheiros do exército americano, alguma da tecnologia ACES pode construir uma amostra das estruturas num único dia, com uma equipa de três pessoas.
Isto dá também mais liberdade de design, por exemplo, com a construção de quartéis 3D com paredes curvadas na base para terem mais força e lisas mais acima. O isolamento e outras características podem ser construídas consoante a necessidade. “Podemos construir formas complexas muito facilmente com custo pouco ou nenhum adicional”, diz Kreiger.
Os edifícios impressos a 3D continuam a exigir telhados e outros toques finais como qualquer outro trabalho de construção, acrescenta. Em áreas onde os materiais e a mão de obra são abundantes, a tecnologia pode não trazer muitas vantagens, mas é já bastante mais útil em zonas remotas, especialmente em zonas afectadas por desastres onde estruturas como casas e pontes são precisas urgentemente.