O docente do curso de Medicina no ICBAS disse que o “gene indutor da homossexualidade” pode ser transmitido através da doação de sangue e já pediu desculpas à turma.
Segundo avança o Público, um professor da Universidade do Porto terá dito durante um aula no curso de Medicina o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) que a razão pela qual os homossexuais eram até há pouco tempo discriminados na doação de sangue é porque “podem vir a transmitir a gerações futuras um gene indutor da homossexualidade“.
A frase foi proferida no final de Setembro quando um professor catedrático convidado discutia as recentes notícias sobre o assunto e disse que um “gene gay” poderia ser passado através da doação de sangue, algo que não tem base científica.
O Público refere também que teve acesso a uma gravação onde o professor responde às perguntas dos alunos sobre a veracidade da sua declaração dizendo que podem “pesquisar na net” e citando o autor de um artigo que comprovaria a tese.
A denúncia sobre o sucedido partiu de João Rodrigues, ex-aluno do ICBAS que integra o projecto Anémona, que defende a expansão dos cuidados de saúde para pessoas trans, que afirma chegou a ter aulas com “outros professores que fizeram comentários preconceituosos e não científicos”.
“Tomei conhecimento através de colegas que tinham publicado nas redes sociais o que tinha acontecido na aula de Bioética. Foi fácil juntar um mais um e perceber quem tinha sido o professor a proferir tais declarações”, explica ao Público.
A assessoria de imprensa da UP responde ao mesmo jornal que o professor admite que fez os comentários, mas que foi mal interpretado e já terá pedido desculpa pelas afirmações junto da turma. No entanto, continua a dizer que é preciso “descartar potenciais transmissões do gene” para outras gerações.
“Peço desculpa se não fui suficientemente claro. Não é pelo facto de ser homossexual que [alguém] não pode ou não deve dar sangue. É porque há dúvidas que em alguns homossexuais se podem repercutir em gerações futuras doenças ou patologias que não são neste momento ainda identificáveis e conhecidas”, afirma o professor.
Recorde-se que durante décadas os homossexuais eram impedidos de doar sangue. Em Março, a DGS removeu a orientação sexual dos seus critérios de exclusão de quem pode dar sangue e o parlamento aprovou nesta quarta-feira o fim da discriminação.
Um dia, a questão de definir o que constitui discriminação terá de ser debatida.
Pessoas com o Gene Vigarista Nao deviam poder ocupar cargos politicos Lol
Verdade, verdadinha… ser homossexual não é mau. Ser político é que é terrível. Implica vigarice, mentiras (isso, em muitos aspetos da vida social e humana), lavagens de dinheiro (dentro da vigarice), e deveria haver um gene identificado para essa “doença”.