Nas autárquicas de domingo, concorreram 142 presidentes que, caso fossem eleitos, entravam no terceiro e último mandato. Destes, foram eleitos 122.
De acordo com o jornal Público, nas eleições do passado domingo venceram 122 presidentes que vão agora cumprir o terceiro e último mandato na mesma Câmara. Ou seja, daqui a quatro anos, estes 39,6% dos eleitos ou mudam de município, ou não podem avançar com uma recandidatura.
O PS é o partido, em termos absolutos, que terá de fazer mais substituições, tendo 59 eleitos (39,5%) envolvidos nesta restrição da lei. Segundo o diário, a única capital de distrito envolvida é Vila Real, mas há muitos municípios importantes, como Guimarães (distrito de Braga), Covilhã (Castelo Branco), Lousã (Coimbra), Loulé, Olhão, Portimão (Faro), Nazaré (Leiria), Amadora, Sintra (Lisboa), Gondomar, Paços de Ferreira, Vila Nova de Gaia (Porto), Tomar (Santarém) e Sines (Setúbal).
Em termos percentuais, a CDU (PCP/PEV) é quem tem mais presidentes que não se poderão recandidatar à mesma autarquia. A coligação elegeu 19 candidatos, dos quais 13 cumprem o terceiro e último mandato, ou seja, 68% do total, entre os quais está o de Évora.
O distrito de Setúbal é o que mais câmaras envolve no total da CDU, com cinco presidentes a não poderem recandidatar-se ao mesmo município: Alcácer do Sal, Grândola, Palmela, Santiago de Cacém e Seixal.
As restantes câmaras da CDU nesta lista são as de Cuba (Beja), Arraiolos (Évora), Silves (Faro), Sobral de Monte Agraço (Lisboa), Monforte (Portalegre), Benavente (Santarém) e Avis (Portalegre).
Também em termos percentuais, escreve o matutino, o PSD fica em segundo lugar, com 47 presidentes de Câmara eleitos que não poderão voltar a candidatar-se (41,5% do total), destacando-se algumas capitais de distrito como Braga, Aveiro, Bragança, Faro e Santarém.
Por fim, o CDS elegeu seis presidentes de câmara e, destes, três (50%) não podem avançar dentro de quatro anos: Albergaria-a-Velha, Vale de Cambra (as duas em Aveiro) e Vela (na ilha de São Jorge, nos Açores).
Depois das eleições de domingo, o PS continua a ser o partido com mais representação autárquica no país, tendo conquistado 148 câmaras em listas próprias e 34,23% dos votos. Em 2017, os socialistas conquistaram 161 municípios (159 em listas próprias e dois em coligação).