CDS pede ao Governo plano de recuperação para os cuidados de saúde primários

José Sena Goulão / Lusa

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos

O CDS-PP defendeu esta quinta-feira um plano de recuperação de atividade dos cuidados de saúde primários, considerando que “se mantém o problema” da realização de menos consultas e exames.

Numa pergunta endereçada à ministra da Saúde através do parlamento, o grupo parlamentar centrista considera que “se mantém o problema de se ter realizado um menor número consultas e de exames, por força das decisões tomadas sobre o acesso a cuidados de saúde durante a pandemia”.

Citando o Relatório Anual de Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde e Entidades Convencionadas relativo a 2020, os centristas referem que entre 2019 e 2020 as consultas médicas presenciais reduziram 38,5%, enquanto “as consultas não presenciais tiveram um aumento de 100,4%“.

“A telemedicina não se deve resumir a contactos telefónicos e a recuperação da atividade” nos cuidados de saúde primários “não deve ser “mascarada” com o aumento das teleconsultas”, defende o CDS-PP.

“Entendemos, assim, que se mantém muito pertinente – e urgente – a implementação efetiva de um plano de retoma nos cuidados de saúde primários, não esquecendo os rastreios”, salientam os deputados.

E é essa a única questão que o CDS-PP coloca a Marta Temido nesta iniciativa, se considera “determinante a implementação efetiva de um plano de recuperação da atividade nos cuidados de saúde primários, não esquecendo os rastreios”.

O CDS assinala ainda que “já em 2021 houve nova perturbação nos cuidados de saúde primários em consequência do desvio de recursos para a vacinação Covid-19, para apoio aos serviços dedicados à Covid-19, para as Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios (ADR’s) e, embora tenha havido alguma recuperação, esta ainda está aquém do desejável”.

Apontando que “não bastam boas intenções para garantir um SNS de qualidade e acessível a todos”, os deputados do CDS defendem que “mais do que promessas e anúncios, são necessárias escolhas e medidas concretas que sustentem estas boas intenções”.

// Lusa

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