No dia da retoma do atendimento presencial espontâneo, existem filas que duram horas para as lojas do cidadão.
O atendimento presencial sem marcação arrancou, esta quarta-feira, com queixas dos utentes e dos sindicatos, que falam “numa desgraça” provocada pela falta de 1.756 profissionais de registos e notariado nas lojas de cidadão de várias partes do país.
“Nunca tinha visto tanta confusão. Deviam ter duas filas, para quem tem marcação e para quem não tem. Estou aqui há 15 minutos e dei dois ou três passos. Só estão a chamar as pessoas com marcação”, lamentou César Ferreira, que aguardava a vez para levantar o cartão de cidadão.
Já António Cerqueira, que se dirigiu à Loja de Cidadão de Braga para ajudar a filha a renovar o cartão de cidadão, contou ao Jornal de Notícias que chegou por volta das 8h30 mas, em duas horas, apenas tinha avançado “cerca de dois metros”
“Só dizem para aguardar. Está o pessoal todo ao monte. Até tenho medo que não me chamem”, confessou.
Segundo Arménio Maximino, da Plataforma Sindical dos Registos, “houve uma grande afluência e as pessoas tinham a expectativa de poderem ser atendidas, mas, tendo em conta o agendamento que está demorado em dois ou três meses, não há capacidade de responder”.
“O atendimento está ocupado até outubro com agendamentos“, reforçou o dirigente sindical, apontando para a falta de 1.756 profissionais dos registos e notariado. Só este ano, contabilizou, “aposentaram-se 77 trabalhadores, o que corresponde a menos dois mil atendimentos”.
O Costinha não conseguiu prever isto…