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Trump “ataca” seleção feminina de futebol (que conquistou uma medalha)

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Ian Langsdon / EPA

Megan Rapinoe

Antigo Presidente dos Estados Unidos da América considera que a seleção do seu país não deveria ser liderada por “maníacas de esquerda”.

A seleção feminina de futebol dos Estados Unidos da América era, como sempre, uma das favoritas à conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mas, desta vez, as tetracampeãs olímpicas não chegaram à final, já que foram derrotadas nas meias-finais pelas vizinhas do Canadá.

Na disputa pela medalha de bronze, e num jogo “louco”, a seleção norte-americana venceu a Austrália por 4-3 e vai assim subir ao pódio, num torneio que contará na final com Canadá e Suécia.

Apesar da medalha de bronze, Donald Trump deixou críticas: “Se a nossa equipa de futebol, liderada por um grupo radical de maníacas de esquerda, não estivesse woke, teria ganhado a medalha de ouro em vez do bronze. Woke significa que perdes. Tudo que é woke é porque está a correr mal; e a nossa equipa de futebol deu-se mesmo mal”, escreveu Trump.

O antigo Presidente dos EUA já tinha encorajado os seus compatriotas a assobiarem a seleção feminina de futebol durante os Jogos Olímpicos e disse (erradamente) que as jogadoras não respeitaram o hino nacional: “Porém, houve algumas pessoas patriotas, de pé, perante o hino. Infelizmente, precisam de algo mais do que respeitar o hino nacional e o país”. Trump também comentou que muitos norte-americanos “ficaram felizes” quando a seleção feminina perdeu com a Suécia por 3-0, já durante o torneio olímpico.

Trump centrou-se em Megan Rapinoe: “A mulher com o cabelo roxo jogou muito mal e passa demasiado tempo a pensar na política de esquerda radical e não pensa em fazer o seu trabalho!” – Rapinoe, que marcou dois golos contra a Austrália, apoiou publicamente Joe Biden nas eleições do ano passado.

O conflito particular entre Donald Trump e Megan Rapinoe começou, publicamente, em 2019. A jogadora disse que o facto de a seleção nacional de futebol ser composta por “mulheres poderosas” não agradava ao então presidente. E assegurou que não iria até à Casa Branca caso os EUA vencessem o Mundial daquele ano – venceram e não foram.

Voltando a Tóquio, a capitã da seleção, Becky Sauerbrunn, ficou claramente satisfeita com a conquista da medalha de bronze: “Este bronze significa tanto. Tínhamos a sensação de que tínhamos mesmo de conseguir isto. E estamos muito orgulhosas”.

Nuno Teixeira, ZAP //

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