Alguns jovens com menos de 20 anos foram vacinados no centro de vacinação do Altice Arena, em Lisboa, depois de terem sido informados que havia “sobras”. Task force já negou essa explicação.
A situação foi denunciada, esta sexta-feira à noite, pelo jornal online Observador. No passado dia 11 de julho, um domingo, dezenas de jovens, incluindo alguns com menos de 20 anos, foram vacinados no Altice Arena, em Lisboa.
A informação foi que havia “centenas de faltas” ao agendamento, situação que deu origem a “sobras” de doses que iriam ficar fora de validade, por isso, os responsáveis pelo centro decidiram abrir a vacinação a qualquer pessoa que lá aparecesse.
Tal como conta o jornal digital, algumas mensagens na rede social WhatsApp foram suficientes para criar uma fila de várias horas em frente a este centro de vacinação na capital.
Em resposta ao Observador, a task force responsável pelo plano de vacinação contra a covid-19 não respondeu se sabia destas vacinações de jovens com menos de 20 anos (ou seja, pessoas que foram vacinadas antes do tempo, pois neste momento só cidadãos com mais de 23 podem agendar a vacina), mas nega a situação das faltas e das sobras.
“Não se verificou qualquer situação de faltarem centenas de pessoas ao agendamento, nem de sobras, visto existirem vacinas suficientes e sem correrem o risco de perderem a validade”, esclareceu.
Ainda questionada pelo jornal online sobre se os centros de vacinação já têm autorização para vacinar jovens abaixo dos 20 anos, a task force reiterou: “A vacinação está aberta para autoagendamento apenas acima dos 23 anos“.
No entanto, há algumas exceções. “É possível que jovens de idade inferior possam ter sido vacinados ou venham a ser vacinados se: estiverem incluídos nas comorbilidades previstas, estiverem no âmbito do programa ERASMUS (de acordo com as listas fornecidas), estiverem integrados em seleções nacionais (com participação prevista num evento internacional) ou se forem estudantes em universidades fora do território nacional (apresentando respetivo comprovativo)”, esclareceu.
Esta situação faz lembrar uma outra ocorrida no centro de vacinação do Cerco, no Porto, no final de junho, que vacinou pessoas fora da ordem de prioridade e que levou mesmo à suspensão da diretora responsável.
Mais um “inovador”…