Esta semana, o ministro do Consumo espanhol, Alberto Garzón, lançou uma campanha onde pediu à população que considere uma redução do consumo de carne para o bem estar da saúde e do planeta. Para muitos, esta foi uma sugestão sensata, mas para outros a afirmação não caiu tão bem.
Num vídeo publicado no Twitter, o governante sublinhou que o país consome mais carne do que qualquer outro estado membro da UE, sendo que por isso abate cerca de 70 milhões de porcos, vacas, ovelhas, cabras, cavalos e pássaros a cada ano.
https://twitter.com/agarzon/status/1412715352325246990
Garzón alertou que o país irá enfrentar uma rápida desertificação nas próximas décadas, e como tal não faz sentido canalizar cerca de 15 mil litros de água para a produção de carne.
O ministro espanhol destacou ainda que, embora a Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição recomende que as pessoas comam entre 200g e 500g de carne por semana, os espanhóis ingerem, em média, mais de 1kg.
“Isto não significa que não possamos fazer um churrasco em família de vez em quando, apenas que o façamos com um pouco mais de moderação”, referiu o ministro, alertando que o que está em risco é “a nossa saúde e a saúde das nossas famílias. Comer muita carne faz mal à nossa saúde e ao planeta”.
Apesar do ministro ter reforçado que estava apenas a fazer uma recomendação, rapidamente as suas palavras foram alvo de críticas – até mesmo por um dos seus colegas do Governo.
Luis Planas, ministro da Agricultura, Pesca e Alimentação, disse à rádio Cadena Ser que o setor agropecuário está a ser submetido a “críticas profundamente injustas quando merece respeito pelo trabalho honesto que realiza”.
Já o Presidente Executivo espanhol, Pedro Sánchez, em viagem à Lituânia, desconsiderou as palavras de Garzón e referiu, citado pelo El Pais, que “um bife é imbatível”.
Por sua vez, também seis associações de produtores de carne se juntaram para escrever uma carta aberta a Garzón onde dizem que ficaram surpresos com as suas afirmações, abrindo assim espaço a uma campanha que “difama” um setor que contribuiu de forma avultada para a economia.
Ainda assim, há quem tenha olhado para a mensagem do político como algo positivo.
“Comer menos carne é melhor para a saúde e melhor para o meio ambiente”, escreveu no Twitter o jornalista gastronómico Mikel López Iturriaga.
Um bife pode ser imbatível e a economia melhor a vender mais carne. Ninguém põem isso em causa. Mas agora, o que é que isso tem a ver com a falta de água no futuro?… percebem agora quem controla quem e o quê?
Se o futuro for sustentável e nós conseguirmos sobreviver a nós próprios, só espero que olhemos para trás e notemos estes energúmenos que recusaram uma importante mensagem de mudança.
Portanto…devemos abdicar dos alimentos mais nutritivos para o ser humano…mais uma excelente dica a ser seguida por um político.
Há mais de um ano que deixei de comer carne, comendo agora apenas peixe e legumes. E sinto-me muito bem.
Mais uma barbaridade, ignorância ou preconceito contra a agricultura, como lhe queiram chamar.
Desde quando é que “cada kg de carne equivale a 15.000 de agua por dia”? Onde estão os dados científicos ou a fonte da pesquisa?
Desde quando a pecuária é uma fonte de poluição maior que os carros? Por isso é que vimos, durante os meses de confinamento, a poluição a reduzir drasticamente e a qualidade do ar melhorar substancialmente. Deve ter sido por causa das vacas, que também estavam confinadas…
No meio de tanta parvoíce, só há uma informação razoável; devemos consumir produtos da agricultura tradicional ou extensiva.
Nuno a serio? Looool
Isdo é substituição…talvez devamos comer menos de tudo porque para o que faxemos comemos demais pois so isso justuca os obesos que por ai hão e a enchente dos ginásios para queimar energia!