A Itália qualificou-se hoje para os quartos de final do Euro2020 de futebol, nos quais pode encontrar Portugal, ao bater a Áustria por 2-1, após prolongamento, num encontro disputado em Wembley, Londres.
No segundo jogo dos ‘oitavos’, com três golos de suplentes, Federico Chiesa, aos 95 minutos, e Matteo Pessina, aos 105, marcaram para a ‘squadra azzurra’, campeã europeia em 1968, enquanto Sasa Kalajdzic faturou para os austríacos, aos 114.
A Itália somou o 31.º jogo consecutivo sem perder e a 12.ª vitória de ‘rajada’, sendo que não tinha sofrido golos nos anteriores 11.
Nos quartos de final, no Allianz Arena, em Munique, a partir das 20:00 de sexta-feira, a Itália defronta o vencedor do embate entre Portugal e a Bélgica, que se defrontam este domingo em Sevilha, Espanha.
Crédito estava no banco transalpino…
E vão 31 jogos sem perder. A Itália sofreu, mas, após prolongamento, derrotou a Áustria por 2-1 na noite deste sábado no Estádio do Wembley, e assegurou presença nos quartos-de-final deste Euro 2020, onde irá defrontar o vencedor do duelo entre Bélgica e Portugal.
Os comandados de Mancini sentiram imensas dificuldades em contornar o muro austríaco e apenas conseguiram marcar na primeira parte do tempo extra, altura em que os suplentes Chiesa (95’) e Pessina (105’) fizeram o gosto ao pé. Kalajdzic (114’) ainda deu esperanças à selecção liderada por Franco Foda. Mas era tarde demais.
A Itália sofreu um golo pela primeira vez, neste Euro, após 1168 minutos. É obra.
Domínio quase absoluto da Itália nos primeiros 47 minutos de jogo. Os austríacos até entraram atrevidos em cena, com acutilância, agressividade e iniciativa – chegaram a ter 66% da posse.
Mas as melhores ocasiões pertenceram à “azzurra” – 16 acções com a bola na área contrária e Expected Goals (xG) de 0,54 –, a mais flagrante foi criada por Immobile aos 32 minutos, quando viu o míssil que lançou embater com estrondo nos ferros.
Ao todo, os transalpinos fizeram 11 remates (apenas dois enquadrados), a única tentativa da Áustria foi obra de Aurnautovic (18’).
Na segunda parte houve mais atrevimento dos austríacos em termos ofensivos, realce para três lances em que Alaba (52’), Sabitzer (62) e Arnautovic (65’, chegou a marcar, mas o lance foi anulado devido a fora-de-jogo) demonstraram as garras.
A Itália sentiu imensas dificuldades em ultrapassar a marcação contrária. Sem golos, o duelo foi ganhou mais meia-hora…
Porém, o cansaço e a qualidade do banco transalpino “tramaram” o plano urdido por Franco Foda. Chiesa abriu a contagem, Pessina ampliou e nem o tento de Kalajdzic conseguiu travar o 12º triunfo consecutivo italiano – o quarto na prova.
Uma palavra para a Áustria, que demonstrou qualidade, organização e conseguiu pela primeira vez na competição colocar a nu algumas das debilidades da “azzurra”.
Melhor em Campo
Acerbi, que foi titular na ausência do lesionado Chiellini, rubricou uma excelente exibição e foi o MVP do encontro com um GoalPoint Rating de 7.5.
Sempre no sítio certo, foi importante a municiar a primeira fase de construção com 101 acções com a bola, ofereceu o segundo golo a Pessina, tendo ainda rematado numa ocasião, criado dois passes para finalização, recuperou a bola em oito ocasiões e fez dois desarmes, quatro intercepções e cinco alívios.
Uma exibição de mão cheia para o defensor de 33 anos que actua na Lazio.
Destaques da Itália
Spinazzola 7.3 – “Performance” superlativa do lateral-esquerdo, que esteve em todo o lado com excelentes incursões que baralharam os defensores contrários. O lateral da Roma fez a assistência para o golo inaugural, rematou em três ocasiões, gizou três passes para finalização e cinco valiosos, acumulando, ainda, cinco acções com a bola na área austríaca, três dribles eficazes, cinco conduções aproximativas e nove recuperações de bola. Haja pulmão e qualidade.
Chiesa 6.7 – Entrou com tudo em campo e foi determinante no desfecho da partida com um golo (em três remates), quatro acções com a bola na área contrária e um passe para finalização. Nota penalizada pelos dois maus controlos de bola registados.
Destaques da Áustria
Dragovic 7.1 – Um verdadeiro líder na defesa. “Secou” Immobile – que só apareceu quando lançou um “míssil” fora da área na primeira parte – e coleccionou quatro duelos aéreos ganhos em outras tantas tentativas, seis recuperações da posse, duas intercepções, dois desarmes, três alívios e dois bloqueios de remate.
Kalajdzic 6.4 – Em apenas 24 minutos conseguiu dar fortes dores de cabeça aos italianos, com um golo (fez apenas um remate) – algo que ninguém tinha feito aos italianos há 11 partidas –, 12 acções com a bola (três foram na área adversária), venceu cinco dos nove duelos aéreos ofensivos em que interveio.