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Crimes de burlas a idosos continuam a aumentar (e a pandemia é usada para os enganar)

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Os crimes de burla a idosos têm crescido nos últimos cinco anos. Isolamento dos seniores e novos tipos de fraude relacionados com a covid-19 ajudam a aumentar número de vítimas.

O isolamento dos seniores, agravado pela pandemia de covid-19, faz com que se tornem alvos fáceis dos burlões que, em poucos minutos, os enganam e levam, muitas vezes, as poupanças de uma vida, escreve o Jornal de Notícias.

Em Portugal, oito idosos são ludibriados por dia e o fenómeno não pára de crescer. Hoje em dia, os criminosos adaptaram as narrativas de embuste à pandemia, usando falsas campanhas de vacinação ou de desinfeção contra a covid-19.

“O burlão aborda a vítima dizendo-lhe que irá ser notificada para ser vacinada e a meio do diálogo avisa-a de que necessita de descontaminar ou desinfetar a casa, mas o único objetivo é ter acesso aos seus bens e levá-los”, explicou fonte oficial da GNR, em declarações ao JN.

Outra forma de enganar os idosos é quando “o burlão aborda a vítima junto da sua residência, procurando saber se já tem a vacina contra a covid-19 e, no seguimento da conversa, pergunta-lhe se tem notas de 20 e de 50 euros, argumentando que essas notas necessitam de ser trocadas, porque sairão em breve de circulação”.

As autoridades também já registaram casos em que os indivíduos alegam ser necessário proceder à desinfeção do dinheiro.

Entre 2016 e 2020, a GNR e a PSP registaram perto de 13.400 casos de burla, com uma média de 55 vítimas por semana. Os distritos do Porto, Setúbal e Lisboa são as áreas onde os idosos são mais afetados, com as mais diversas histórias.

Em alguns casos, os prejuízos para as vítimas ascendem a dez ou até 15 mil euros.

Das burlas que mais se têm registado no último ano são as chamadas “burlas informáticas e nas comunicações, com 331 queixas apresentadas. Mas houve também as “burlas com fraude bancária”, com 169 ocorrências.

Agora, com o confinamento, os burlões passaram também a telefonar “à vítima fazendo-se passar por funcionário da EDP, alegando que, devido à situação pandémica, a vítima tem um determinado valor monetário a ser reembolsado e solicita os seus dados pessoais”, explicou ainda a fonte da GNR.

ZAP //

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1 Comment

  1. Os velhinhos vão primeiro para “cima” e ficam lá à espera de quem os enganou.
    Nessa hora nenhum destes burlões se vai ficar a rir e vão penar bastante nas mãos dos velhinhos…

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