O medo do escuro é algo comum, sobretudo em crianças, e agora os cientistas pensam que podem ter descoberto os mecanismos cerebrais por detrás disso.
As amígdalas cerebelosas são responsáveis por processar emoções e regular a nossa resposta ao medo. Agora, um novo estudo mostra como a atividade cerebral nesta região muda quando somos expostos à luz e ao escuro, conta o site Science Alert.
“A luz, comparativamente com o escuro, suprime a atividade na amígdala. A exposição moderada à luz resultou numa maior supressão da atividade da amígdala do que a luz fraca”, escreveram os investigadores no seu artigo publicado, a 16 de junho, na revista científica PLOS ONE.
Além disso, a presença de luz parece fortalecer a ligação entre a amígdala e o córtex pré-frontal ventromedial, outra parte do cérebro que está associada ao controlo da nossa sensação de medo.
Nesta nova investigação, foram analisadas ressonâncias magnéticas de 23 pessoas, à medida que eram expostas a períodos de 30 segundos de iluminação fraca (10 lux) e moderada (100 lux), assim como escuridão (<1 lux). Os exames duraram cerca de 30 minutos no total.
A iluminação moderada causou uma “redução significativa” na atividade da amígdala, com a iluminação fraca a causar uma redução mais pequena. Houve também uma maior “conectividade funcional” entre a amígdala e o córtex pré-frontal ventromedial durante os momentos em que as luzes estavam acesas.
Por outras palavras, explica o mesmo site, a luz pode manter os centros de gestão do medo do cérebro em operação, com base nesta pequena amostra de voluntários. Embora as desconexões entre estas áreas já tenham sido associadas à ansiedade, serão necessários mais dados para descobrir exatamente o acontece.
A ligação entre a luz, a escuridão e a atividade no nosso cérebro está bem estabelecida: alterações na luz ajudam-nos a saber quando dormir, têm impacto nos nossos níveis de alerta e podem também afetar o nosso humor.
É possível que a capacidade de controlar a exposição à luz seja uma forma de lidar com esta fobia em particular. Os tratamentos de fototerapia já são amplamente usados para tratar doenças como a depressão, embora os cientistas não entendam completamente como ou por que razão funcionam.
A chave pode estar nas chamadas células ganglionares retinais fotossensíveis (ipRGCs), que captam a luz dos olhos e a transmitem para diferentes partes do cérebro. A próxima etapa será aprender mais sobre como interagem com a amígdala.
Não é nada… é uma música dos iron maiden …