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A sucção da tromba de um elefante é mais rápida do que a velocidade de um comboio-bala

Os elefantes conseguem sugar coisas a uma velocidade de 530 quilómetros por hora — mais rápido do que um comboio-bala japonês.

A tromba dos elefantes é-lhes altamente útil, já que a usam tanto para comer como para beber. Eles dilatam as narinas para criar mais espaço na tromba, permitindo-lhes armazenar até 5,5 litros de água, de acordo com um novo estudo.

Além disso, os elefantes conseguem sugar três litros por segundo — uma velocidade 30 vezes mais rápida do que um espirro humano. Isto são cerca de 530 quilómetros por hora, uma velocidade maior do que a que um comboio-bala consegue atingir, escreve o Futurity.

No Japão, o comboio ALFA-X pode atingir a velocidade máxima de 400 quilómetros por hora em linhas ferroviárias tradicionais.

Os investigadores queriam entender melhor a física de como os elefantes usam a sua tromba, de forma a perceber se pode inspirar a criação de robôs mais eficientes que usem o movimento do ar para segurar e mover coisas.

“Um elefante come cerca de 180 kg de comida por dia, mas muito pouco se sabe sobre como é que usam as suas trombas para pegar em comida leve e água durante 18 horas, todos os dias”, disse o autor principal do estudo, Andrew Schulz. “Acontece que as suas trombas agem como malas, podendo expandir-se quando necessário”.

“Um elefante usa a sua tromba como um canivete suíço”, diz o coautor do estudo David Hu. “Pode detetar cheiros e pegar em coisas. Outras vezes, sopra objetos como um soprador de folhas ou aspira-os como se fosse um aspirador”.

Schulz diz ainda que as características únicas da tromba do elefante têm aplicações em robótica leve e esforços de conservação.

“Ao investigar a mecânica e a física por trás dos movimentos dos músculos da tromba, podemos aplicar os mecanismos físicos — combinações de sucção e preensão — para encontrar novas maneiras de construir robôs”, diz o investigador. Além disso, ao aprender mais sobre os elefantes, podemos também aprender como conservá-los de uma melhor forma.

O estudo foi publicado recentemente na revista científica Journal of the Royal Society Interface.

Daniel Costa, ZAP //

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