No Turquemenistão, mais precisamente no deserto de Karakum, uma cratera cospe fogo há décadas, mas a sua origem é considerada ultrassecreta.
Nos áridos 350 mil km² do deserto de Karakum, que cobre cerca de 70% do Turquemenistão, há um poço de gás derretido que cospe fogo há décadas. A cratera Darvaza, também conhecida como “Portões do Inferno”, arde há anos e atrai centenas de turistas por ano que vêm para observar o estranho fenómeno.
Segundo a BBC, em 1971, os geólogos soviéticos estavam a perfurar petróleo no deserto quando encontraram uma bolsa de gás natural. Como a terra não conseguiu suportar o peso do equipamento pesado, acabou por entrar em colapso e formar três grandes buracos.
De forma a evitar que o metano vazasse para a atmosfera, surgiu a teoria de que os cientistas decidiram queimar o gás, uma vez que não pode ser capturado. Os investigadores esperavam que o processo demorasse algumas semanas, mas estavam errados: as chamas estão a arder desde então.
Em 2013, o explorador George Kourounis decidiu investigar a origem deste “inferno”, mas descobriu que, afinal, ninguém sabe exatamente como surgiu esta cratera.
De acordo com os geólogos locais, a Darvaza, de 69 metros de largura por 30 metros de profundidade, formou-se na década de 1960 e só foi iluminada na década de 1980.
A cadeia britânica escreve que, como o gás e o petróleo eram produtos altamente valorizados no Turquemenistão durante a era da União Soviética, parece que qualquer registo da criação da cratera é agora uma informação confidencial e ultrassecreta.
Certo é que a fogueira improvável que expele metano se tornou uma das atrações turísticas mais populares do país, que recebe cerca de seis mil visitantes por ano.
E encher o raio do buraco com terra para apagar o lume? É que nem sopa ali se cozinha…
Mas poderá servir muito bem para sumir com opositores do regime, se é que não serviu já!