Restaurar as míticas pães de forma da Volkswagen deu em bom negócio

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vintagevans.vwresto / Facebook

Uma "Kombi" recuperada, uma família feliz

Uma “Kombi” recuperada, uma família feliz

O restauro de carrinhas modelo Kombi da Volkswagen, mais conhecidas como pães de forma, começou há nove anos como “uma brincadeira” para António Rodrigues, mas é hoje um negócio cada vez mais procurado.

A Vintage Vans, no Seixal, dedica-se exclusivamente ao restauro de carrinhas Volkswagen Kombi, as icónicas pães de forma, cujo fabrico se iniciou nos anos 1950 e foi entretanto interrompido.

Nunca foi um projeto pensado de raiz. Começou devagarinho e a determinada altura começou a haver muitas solicitações e começámos a fazer disto um negócio”, recordou António Rodrigues, o dono da oficina, em declarações à Lusa.

A procura é “muita”, notou, referindo que “nos últimos cinco anos evoluiu muito”.

Os trabalhos da Vintage Vans são requisitados sobretudo por coleccionadores, embora também já tenham aparecido algumas empresas, que querem utilizar as carrinhas para fazer campanhas móveis.

O restauro demora cerca de um ano, o que se explica com um processo que passa por “desmanchar a carrinha, decapar, reparar tudo o que é chapa”, alterar a parte mecânica toda, pintar, reparar estofos, entre outros.

“Estamos a falar de um carro 100% restaurado”, algo que custará entre os 70 e os 100 mil euros, mas poderá ir mesmo até aos 300 mil euros.

Iguais ou melhores que as originais

Os preços podem parecer elevados, mas António Rodrigues garante que “só assim se pode conceber um restauro de um carro”.

“Fala-se destes valores e as pessoas chocam-se”, disse, comentando que “é possível pôr-se um carro destes a andar por 15 ou 20 mil euros, não pode é dizer-se que é um carro restaurado”.

Nas carrinhas que chegam à Vintage Vans não há nenhum parafuso que não seja zincado nem uma peça que não seja cromada.

“Recorremos a estofos que são fabricados nos Estados Unidos, que é a única empresa que faz estofos iguais aos originais, e um sem número de peças que são todas tratadas uma a uma. Para restaurar tudo são muitas peças e é muito trabalho, muita mão-de-obra”, referiu.

António Rodrigues garante que vale a pena o investimento, já que as pães de formaficarão iguais ou melhores que novos“.

“Dantes eram utilizados outro tipo de materiais, em termos mecânicos eram melhores seguramente, em termos de preparação de chapa e de pintura tenho algumas dúvidas”, disse.

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Nas carrinhas que chegam à Vintage Vans não há nenhum parafuso que não seja zincado nem uma peça que não seja cromada.

Nas carrinhas que chegam à Vintage Vans não há nenhum parafuso que não seja zincado nem uma peça que não seja cromada.

Hoje trabalham na Vintage Vans oito pessoas. No início era apenas António Rodrigues, que “não tinha formação em Mecânica”.

“Não se aprende sozinho. Com quem sabe, vai-se aprendendo. Lê-se, procura-se. Hoje com a Internet é um mundo de informação, se a gente tiver boa vontade e gostar é relativamente fácil aprender”, disse, referindo que no caso das pães de forma “é tudo mecânica, não é como os carros de hoje em que é tudo eletrónica”.

O modelo Komb da Volskwagen começou a ser vendido em 1950. Em 1979 deixou de ser produzido no seu país de origem, a Alemanha, o que foi acontecendo também noutros países que o fabricavam.

Restou o Brasil, que fabricou o modelo até ao ano passado, altura em que o fabricante foi forçado a fechar portas

Razão: a nova legislação brasileira, que obriga os veículos a ter airbags duplos e sistema ABS.

/Lusa

1 Comment

  1. Mais um chupista que anda para aí a enganar o povo..

    Pelos 70 a 100mil que ele diz, construía umas 2 ou 3 novas praticamente de raís.

    Pelos 300 mil nem é moralmente correcto dizer que pode chegar a esse valor..

    enfim.. é o país em que andamos que quem faz algo que não tem muitos a fazer, julga que pode meter os preços que quiser.

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