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A nova tendência em Nova Iorque? Mesas separadas para clientes vacinados

Muitos proprietários do setor da restauração estão a criar zonas especiais para pessoas que já foram vacinadas contra a covid-19. O motivo? Os clientes querem sentir que estão novamente a viver no mundo antes da pandemia.

A separação de áreas e lugares para os vacinados contra a covid-19 é a mais recente tendência da noite nova-iorquina, conta um artigo do jornal New York Post. Muitos proprietários do setor argumentam que estão a criar estas zonas especiais para dar aos clientes a possibilidade de sentir que estão outra vez no mundo antes da pandemia.

“Uma vez que tudo começa a reabrir, as pessoas querem voltar a ter uma sensação de normalidade”, explica AJ Bontempo, dono do gastropub Carroll Place, em West Village, que vai passar a reservar o andar principal do estabelecimento só para vacinados.

Na perspetiva do restaurateur, esta também é uma forma de “recompensar as pessoas que decidiram vacinar-se”.

Na mesma linha, o clube de comédia Carolines, na Broadway, também está a reservar os melhores lugares para aqueles que já foram inoculados contra o novo coronavírus. “A forma mais fácil de conseguir os melhores lugares da casa? Vacina-te!”, apelou Caroline Hirsch, fundadora e proprietária do negócio.

A norte-americana explicou que, com as pessoas não vacinadas, o estabelecimento tem de obedecer às regras de distanciamento, o que obriga a reduzir drasticamente a sua lotação. Por isso, no futuro, alguns espetáculos serão exclusivamente para clientes vacinados.

Para os especialistas consultados por esta publicação, parece que estamos a falar das novas secções para fumadores e não fumadores, só que estas novas não fazem tanto sentido.

Por um lado, as regulações estatais proíbem que locais para menos de 250 pessoas solicitem o comprovativo de vacinação, o que significa que qualquer pessoa pode dizer que já foi vacinada para conseguir os melhores lugares.

Por outro, os especialistas afirmam que, mesmo que estes negócios pudessem impor tal coisa, o risco de contrair a doença, especialmente em pessoas não vacinadas, não pode ser reduzido pelo distanciamento social numa área fechada.

Em declarações ao jornal, a epidemiologista Stephanie Silvera, professora de saúde pública e especialista em distanciamento social da Universidade Estatal de Montclair, recorda que as pessoas ainda são suscetíveis de contrair covid-19 se estiverem num espaço pequeno e, por isso, adverte que devem usar máscara quando não estiverem a comer ou beber.

ZAP //

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