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Cristas quebra o silêncio com avisos à direita (e diz que o seu “CDS faz falta”)

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CDS PP / Facebook

Francisco Rodrigues dos Santos e Assunção Cristas

O CDS-PP já teve melhores dias e Assunção Cristas sente falta dos tempos findos. Em entrevista à Antena 1, a primeira desde que saiu da liderança do partido, a antiga líder partidária quebrou o silêncio para deixar avisos.

Assunção Cristas, antiga líder centrista, considera que a mensagem da direita não está a passar. “Convém que a direita democrática, moderada e social dê corta aos sapatos“, disse, em entrevista à Antena 1, mostrando que “há respostas eficazes para ser alternativa à esquerda”.

“Têm de ser encontradas, mas num espaço diferente dos radicalismos“, sublinhou.

“Basta ouvir e ler o que o Papa Francisco tem dito para percebermos que há muito caminho a percorrer e estarmos atentos e quem tenha ouvidos para ouvir oiça. Mas a verdade é que essa mensagem, por dificuldade do mensageiro ou dos mensageiros, não está a passar“, assumiu a antiga líder do CDS-PP, na primeira entrevista desde que saiu da liderança.

“Eu acho que é pena porque não há outros que o possam fazer no nosso espaço político partidário”, acrescentou, citada pelo Expresso.

Na emissão especial do programa Geometria Variável, Cristas assumiu que o seu “CDS faz falta”. Apesar de concordar que o partido atravessa um momento difícil, mantém a esperança de que possa renascer – mas não apenas pela ligação ao PSD nas autárquicas.

“Há uma realidade que continua a funcionar. Vai ser visível nestas eleições (autárquicas) e como pode ajudar à construção de um caminho. [Mas] continuo a achar que os dois partidos (PSD e CDS) têm muito passado e podem vir a ter muito futuro e será melhor se cada um tiver o seu espaço bem construído e a conseguir chegar às pessoas”, afirmou.

O CDS, agora de Francisco Rodrigues dos Santos, já teve melhores dias. O Expresso salienta que o lado mais visível do conflito é a relação fria entre a direção e o grupo parlamentar: na longa reunião do Conselho Nacional de terça-feira, por exemplo, nem Cecília Meireles nem Telmo Correia marcaram presença.

Outro exemplo são o das propostas para o combate à corrupção, que têm de ser entregues no Parlamento na próxima semana.

Depois de Rodrigues dos Santos ter anunciado publicamente a intenção de avançar com um pacote de medidas e ter mandatado o grupo parlamentar para o fazer, enviou, na semana passada, o vice-presidente Pedro Melo para chegar a um entendimento com os deputados, que rejeitam relacionar a riqueza dos políticos com a exclusividade de funções.

O líder centrista fê-lo no mesmo dia em que o CDS conseguia aprovar no Parlamento a obrigatoriedade de a reforma do SEF passar pela Assembleia da República. No entanto, sobre isso, os deputados queixam-se de não se ter ouvido uma palavra do presidente do partido.

ZAP //

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