O navio porta-contentores MV X-Press Pearl, que continha toneladas de produtos químicos, está a afundar na costa oeste do Sri Lanka, naquele que já é considerado um dos piores desastres marítimos de todos os tempos.
O navio porta-contentores MV X-Press Pearl, com bandeira de Singapura, transportava cosméticos e produtos químicos e estava ancorado à espera de entrar no porto de Colombo, a capital do Sri Lanka.
Mas um dos contentores incendiou e continuou a arder durante dias. As autoridades disseram que o incêndio tinha sido causado por uma fuga de ácido nítrico.
Os 25 tripulantes da embarcação foram resgatados. No entanto, esta quarta-feira, o Aljazeera avança que o navio porta-contentores MV X-Press Pearl está a afundar na costa oeste do Sri Lanka, segundo informações do Governo e da Marinha do país.
Os especialistas estavam a tentar resgatar o navio, quando começou a afundar no principal porto do Sri Lanka. Um dia depois de os bombeiros extinguirem as chamas, que lavraram durante 12 dias, a água submergiu e a embarcação acabou por afundar.
Esta quarta-feira, Indika de Silva, porta-voz da Marinha do Sri Lanka, disse que a parte traseira do navio afundou e que os especialistas pararam os esforços de tentar rebocar a embarcação para fora das águas.
“A nossa preocupação agora é com um eventual derrame de petróleo. Estamos a monitorizar de perto e, até ao momento, não detetamos nenhum. Será devastador se isso acontecer, mas estamos a tomar todas as precauções”, acrescentou.
O incêndio destruiu a maior parte da carga do navio e poluiu as águas circundantes. Nos últimos dias, toneladas de microplásticos inundaram as praias do sul da Ásia, em Negombo, um destino turístico muito popular.
A pesca foi proibida ao longo de 80 quilómetros de costa, pondo em risco o trabalho dos pescadores. Os ecossistemas das águas baixas desta região correm também perigo, numa região muito conhecida pelos seus caranguejos e camarões gigantes.
Os resíduos de plástico do navio em chamas terão causado “a pior poluição das praias na história” do país, segundo a Autoridade de Proteção Marinha do Sri Lanka (MEPA).