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Cidades italianas estão a pagar a quem quiser mudar-se em teletrabalho

Santa Fiora, Toscana, Itália

O trabalho remoto tornou-se normal durante a pandemia de covid-19. O escritório passou a ser em qualquer sítio que, pelo menos, pudesse assegurar o distanciamento social. Agora, duas cidades italianas estão a receber profissionais com a promessa de os ajudar nos custos.

Numa tentativa de atrair visitantes, as cidades de Santa Fiora, na Toscana, e Rieti, em Lazio, disponibilizam-se para pagar até 50% do valor do aluguer de qualquer pessoa que decida mudar-se para lá e trabalhar remotamente durante um longo período.

Nestas zonas de Itália, os preços dos alugueres já são relativamente baixos, por isso esta ajuda ainda torna a possibilidade mais atraente.

Santa Fiora é uma aldeia medieval com cerca de 2.500 residentes atualmente. Situa-se mesmo no coração da Toscana e na reserva natural do Monte Amiata e perto do maravilhoso Vale Val D’Orcia, “paraíso do vinho de Montepulciano e de Siena”.

Nesta pequena vila as pessoas em teletrabalho vão receber até 200€ ou até 50% da renda, para estadias de longa duração, de dois a seis meses. Sendo que as rendas oscilam normalmente entre os 300€ e os 500€ por mês, pelo que, a CNN, pode-se acabar por ficar com uma renda de 100€.

Já em Rieti habitam cerca de 50 mil habitantes, mas a vila tem vindo a perder residentes. Perto de Roma, a cerca de 100 quilómetros, a vila tem assistido a uma verdadeira fuga de jovens para os maiores centros urbanos, pelo que a ideia dos nómadas digitais surgiu com o mesmo objetivo: chamar pessoas.

Aqui, os vouchers de apoio à renda podem ser estendidos além de seis meses e um contrato de arrendamento preliminar é tudo o que é necessário para concorrer, com a escolha de casa ao critério da pessoa.

Contudo, é importante relembrar que a proposta não diz respeito a umas férias. É exigido que os candidatos tenham um trabalho “ativo”, mesmo que possam realizá-lo à frente do computador.

Embora Itália ainda esteja a recuperar lentamente de sua última onda pandémica, o país espera reabrir o turismo até ao final do mês.

As chamadas “vilas trabalhadoras inteligentes” estão a florescer cada vez mais em Itália, à medida que as autoridades locais compreendem o potencial de modernizar as comunicações e criar “laboratórios” equipados para trabalhadores à distância.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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