Esta quinta-feira, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, recusou assumir a responsabilidade pela concentração de milhares de adeptos junto ao Estádio de Alvalade durante os festejos do campeonato ganho pelo Sporting.
“Houve várias coisas que não correram bem” durante os festejos do título de campeão nacional do Sporting, reconheceu Fernando Medina, esta quinta-feira, citado pelo Observador. No entanto, o autarca recusa qualquer responsabilidade pela concentração de milhares de adeptos junto ao Estádio de Alvalade.
Medina entende que a autarquia lisboeta não tinha competência ou poder para autorizar “manifestações ou reuniões”.
O comissário Bruno Pereira, vice-presidente do Sindicato Nacional de Oficiais da Polícia, revelou que a PSP deu um parecer negativo à instalação de uma fan zone da Juve Leo junto ao estádio do Sporting e propôs à Câmara de Lisboa um plano alternativo que envolvia o controlo de segurança dos adeptos no estádio e no Marquês de Pombal.
Confrontado com esta informação, Medina garantiu que não conhecia o parecer.
“Eu vi notícias das fontes associadas à polícia […] que induziram em erro notícias que alguns jornalistas publicaram, invocando que havia um parecer negativo contra essa organização. Se o há eu não o conheço. E se o há deve ser dirigido internamente à polícia ou ao Ministério da Administração Interna”, afirmou aos jornalistas, à margem da reinauguração das instalações do Supremo Tribunal de Justiça.
O autarca sugeriu ainda que se a PSP não estava “confortável”, deveria ter agido nesse sentido, recusando, mais uma vez, assumir responsabilidades por decisões que a Câmara não pode tomar.
“Fomos absolutamente escrupulosos no cumprimento das nossas competências legais, exercendo todos os poderes que temos, não exacerbando poderes que não temos”, sublinhou.
Já em relação ao desfile do autocarro do Sporting ao longo de 12 quilómetros, desde o Estádio de Alvalade e a Praça do Marquês de Pombal, que também mereceu a contestação da PSP, Medina disse que esta foi a forma encontrada para evitar um cenário com “total concentração de centenas de milhares de adeptos” no Marquês.
Nas declarações aos jornalistas, Fernando Medina salientou ainda que este não era o momento de trocar acusações e comprometeu-se a colaborar em todos os inquéritos que venham a ser feitos.
O Sporting sagrou-se na terça-feira campeão português de futebol pela 19.ª vez, 19 anos após a última conquista, e durante os festejos ocorreram confrontos entre os adeptos e a polícia.
Milhares de pessoas concentraram-se junto ao estádio, no Campo Grande, quebrando as regras da situação de calamidade em que o país se encontra devido à pandemia de covid-19, em que não são permitidos ajuntamentos de mais de 10 pessoas na via pública, nem o consumo de bebidas alcoólicas na rua.
Liliana Malainho, ZAP // Lusa
Este também é um belo artista… do imobiliário…
Portugal horizontal.
Vem o futebol… Esquece-se tudo.
Tal como faziam antes do 25 de Abril…
Agora aguentem-se!