Estados Unidos vão retomar vacinação com Johnson & Johnson

Joseph Prezioso / AFP

Um painel de conselheiros do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano recomendou, esta sexta-feira, a continuação do uso da vacina da Johnson & Johnson.

Na decisão, os peritos afirmam que os riscos de administração da vacina, associada a casos muito raros de coágulos sanguíneos, são pequenos tendo em conta os benefícios da imunização contra um vírus que ainda infeta dezenas de milhares de norte-americanos todos os dias.

Entre quase oito milhões de pessoas vacinadas com Johnson & Johnson, antes da suspensão do uso da vacina, as autoridades de saúde identificaram 15 casos de um tipo raro de coágulo de sangue, três deles fatais. Todos os casos deram-se em mulheres, a maioria com menos de 50 anos.

A decisão divulgada refere que é fundamental que mulheres mais jovens sejam informadas sobre esse risco, em termos claros e compreensíveis, para que possam decidir se preferem escolher uma vacina alternativa.

O painel aprovou com 10 votos a favor e quatro contra a suspensão da interrupção do uso da injeção em causa, sem restrições de idade.

As autoridades norte-americanas já anunciaram que vão retomar o uso da vacina, seguindo a recomendação do painel de conselheiros do Centro de Controle e Prevenção de Doenças.

O anúncio da retoma da imunização contra o novo coronavírus usando a vacina de uma só dose foi feito em comunicado conjunto do CDC e da Administração para Alimentos e Medicamentos (FDA).

Em linha com a recomendação dos peritos, as duas agências governamentais sustentam que o benefício do uso da vacina supera os riscos da sua administração.

No início da semana, os reguladores europeus tomaram uma decisão semelhante, decidindo que o reduzido risco de coágulos não era impeditivo do uso da injeção Johnson & Johnson.

ZAP // Lusa

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