Um painel de conselheiros do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano recomendou, esta sexta-feira, a continuação do uso da vacina da Johnson & Johnson.
Na decisão, os peritos afirmam que os riscos de administração da vacina, associada a casos muito raros de coágulos sanguíneos, são pequenos tendo em conta os benefícios da imunização contra um vírus que ainda infeta dezenas de milhares de norte-americanos todos os dias.
Entre quase oito milhões de pessoas vacinadas com Johnson & Johnson, antes da suspensão do uso da vacina, as autoridades de saúde identificaram 15 casos de um tipo raro de coágulo de sangue, três deles fatais. Todos os casos deram-se em mulheres, a maioria com menos de 50 anos.
A decisão divulgada refere que é fundamental que mulheres mais jovens sejam informadas sobre esse risco, em termos claros e compreensíveis, para que possam decidir se preferem escolher uma vacina alternativa.
O painel aprovou com 10 votos a favor e quatro contra a suspensão da interrupção do uso da injeção em causa, sem restrições de idade.
As autoridades norte-americanas já anunciaram que vão retomar o uso da vacina, seguindo a recomendação do painel de conselheiros do Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
O anúncio da retoma da imunização contra o novo coronavírus usando a vacina de uma só dose foi feito em comunicado conjunto do CDC e da Administração para Alimentos e Medicamentos (FDA).
Em linha com a recomendação dos peritos, as duas agências governamentais sustentam que o benefício do uso da vacina supera os riscos da sua administração.
No início da semana, os reguladores europeus tomaram uma decisão semelhante, decidindo que o reduzido risco de coágulos não era impeditivo do uso da injeção Johnson & Johnson.
ZAP // Lusa