Investigadores desenvolveram recentemente um novo sistema capaz de imprimir tecido biológico em apenas 30 segundos. A tecnologia pode ajudar a combater a diabetes.
A nova tecnologia criada pelo Laboratório de Dispositivos Fotónicos Aplicados (LAPD) da EPFL, em colaboração com a Readily3D, levou a impressão 3D biológica para o próximo nível. O sistema consegue fazer a bioimpressão 3D de um pâncreas em miniatura, com vasos sanguíneos de células estaminais humanas, em apenas 30 segundos.
“Desenvolver um sistema capaz de imprimir tecido 3D na escala de centímetros cúbicos e reproduzir fielmente o funcionamento de um pâncreas vivo é um grande desafio, que esperamos enfrentar com esta tecnologia”, disse Christophe Moser, chefe do LAPD, em comunicado.
O pâncreas produz uma grande variedade de enzimas e hormonas que estão envolvidas na digestão e no metabolismo, entre elas a insulina, que diz às células do corpo para absorver o açúcar da corrente sanguínea, reduzindo assim os níveis de açúcar no sangue.
Se os níveis elevados de açúcar no sangue não forem controlados por períodos prolongados, podem ocorrer complicações fatais. Para evitar que tal aconteça, pessoas com diabetes acabam por tomar medicação.
De acordo com o IFL Science, a criação do mini-pâncreas bioimpresso em 3D pode ter grandes vantagens, nomeadamente na fase de testes de medicamentos mais personalizados para combater a diabetes.
Uma vez que a tecnologia de bioimpressão torna o órgão personalizado, sendo impresso com as próprias células estaminais do paciente, é assim eliminada a necessidade de testar em animais. Além disso, os pacientes podem evitar a fase em que experimentam vários medicamentos para averiguar qual o mais indicado.
A equipa acredita que a nova tecnologia poderá também ser usada para imprimir outros órgãos e tecidos biológicos e apoiar o desenvolvimento de tratamentos para o cancro.
