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Clubes acham que conseguem mais lucro do que a UEFA

Reunião da Associação Europeia de Clubes marcada para esta sexta-feira. Emblemas europeus pretendem maior controlo sobre os direitos televisivos e os patrocinadores.

A “novela” prolonga-se: a Liga dos Campeões deverá mesmo sofrer uma grande alteração no seu formato (e nos seus prémios) a partir de 2024, mas ainda há muito para negociar entre a UEFA e os clubes.

Nesta sexta-feira realiza-se uma reunião da Associação Europeia de Clubes (ECA) e o objetivo dos emblemas europeus é controlar mais os lucros que a Liga dos Campeões cria, retirando à UEFA algum desse controlo financeiro.

A indicação é reforçada pelo Daily Mail, que explica que a ECA, que conta com mais de 200 clubes, pretende ter um maior controlo sobre o dinheiro proveniente da comunicação social – essencialmente os direitos televisivos – e dos patrocinadores.

A ideia dos clubes é chegar a um acordo com a UEFA, por escrito, no qual fique confirmado que serão os clubes a definir os contratos relacionados com as provas europeias. Os emblemas poderão passar a ter o direito de transmitir os jogos na internet e de transmitir os jogos em diferido, mal o direto termine.

Esta intenção aplica-se à Liga dos Campeões e a todos os torneios da UEFA que envolvem clubes. Os emblemas da ECA acreditam que conseguem obter lucros maiores do que a UEFA, caso esta alteração seja concretizada.

Se os clubes chegarem a acordo com a UEFA e assim obtiverem maior controlo sobre o dinheiro que circula nas provas, aí sim, deverão aceitar a proposta da UEFA, que quer mais equipas e mais jogos na Liga dos Campeões daqui a três anos.

E o mais provável é que o presidente da UEFA, Aleksander Čeferin, aceite esta sugestão dos clubes – porque quer impedir a criação da Superliga Europeia, uma possibilidade que ainda persiste. Čeferin prefere ceder direitos do que perder clubes da Liga dos Campeões.

No entanto, a nova Liga dos Campeões, idealizada pela UEFA, não deve ter o voto favorável de todos os clubes, por causa do calendário que seria (ainda) mais desgastante.

Nuno Teixeira, ZAP //

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