A Venezuela prepara-se para pressionar o Parlamento português para desbloquear contas de empresas públicas que estão congeladas no Novo Banco. Os montantes ascendem a perto de 1,4 mil milhões de euros e o país quer comprar vacinas contra a covid-19.
Numa altura em que os recursos financeiros são necessários para pagar as vacinas contra a covid-19, o Presidente venezuelano Nicolás Maduro prepara-se para pressionar o Parlamento português para desbloquear contas de empresas públicas – como a Petróleos de Venezuela (PDVSA) – que estão congeladas no Novo Banco.
A notícia, avançada pelo Jornal Económico, adianta que o país vai apresentar uma petição para que o dinheiro seja enviado para organizações humanitárias sob supervisão da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os montantes ascendem a perto de 1,4 mil milhões de euros.
No início do ano, o Parlamento venezuelano aprovou uma resolução a pedir a libertação das verbas retidas em instituições do sistema financeiro internacional. Exigindo ação por razões humanitárias, a resolução foi encaminhada para as Nações Unidas, lideradas por António Guterres.
Em março, o Presidente Nicolás Maduro afirmou que o país estava disponível para trocar parte da sua produção petrolífera por vacinas contra a covid-19. “A Venezuela tem os petroleiros, tem os clientes para comprar petróleo e dedicaria parte da sua produção para garantir todas as vacinas de que necessita”, disse.
“Petróleo por vacinas, estamos prontos”, insistiu Maduro na altura, embora não tenha oferecido detalhes sobre o plano.
Na mesma declaração, o chefe do Governo venezuelano disse também que vai continuar a insistir na sua pretensão legal de desbloquear fundos congelados no estrangeiro para pagar as vacinas, incluindo as do mecanismo Covax.