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“Campo de refugiados para insetos”. Parque futurista pode ser visitado em realidade virtual

O arquiteto Vincent Callebaut criou um projeto concetual descrito como um “campo de refugiados para insetos” para aumentar a consciencialização sobre o número cada vez menor de insetos polinizadores no mundo.

As abelhas e outros insetos polinizadores estão a desaparecer a uma taxa alarmante. Para chamar a atenção para esta situação, foi criado o Pollinator Park em colaboração com a Comissão Europeia como parte da sua EU Pollinators Initiative, de acordo com o NewAtlas.

O local pode ser visitado através de um navegador web ou em realidade virtual, se o utilizador tiver um dispositivo adequado, como é o caso do Oculus Rift ou Oculus Quest.

A experiência é semelhante a outras visitas a museus virtuais e demora até 30 minutos.

A visita mostra uma história concebida pela autora norueguesa Maja Lunde que descreve o Pollinator Park como um refúgio seguro para polinizadores num futuro distópico onde a população de insetos foi dizimada, ao mesmo tempo que fornece informações sobre plantas, flores e insetos.

“Nós, claro, esperamos nunca ter de construir um campo de refugiados para insetos”, lê-se num comunicado. “Isso significaria que falhámos em proteger a natureza e os polinizadores. Na história, em 2050, o Pollinator Park é necessário para o cultivo de alimentos e a preservação dos últimos insetos polinizadores remanescentes durante o colapso do ecossistema. Esperamos que esse futuro nunca aconteça e o Pollinator Park pretende mobilizar ações agora para prevenir esse futuro”.

Arquitetonicamente, o desenvolvimento seria centrado em torno de uma grande torre inspirada em flores que inclui um elevador de vidro e uma escada dupla, com uma plataforma de observação no topo. A partir daqui, edifícios de vidro envidraçado em forma de colmeia hospedariam a agricultura. Noutro lugar, haveria alguns escritórios e áreas residenciais.

Sendo um projeto de Vincent Callebaut, o desenho sustentável também é muito extenso e incluiria CLT (madeira laminada cruzada) e materiais de construção reciclados ou recicláveis. A energia viria de matrizes fotovoltaicas e turbinas eólicas. Seria promovido o arrefecimento natural, enquanto os sistemas geotérmicos de aquecimento e arrefecimento ajudariam a manter uma temperatura confortável.

A Comissão Europeia, contudo, não tem planos para concretizar este projeto.

Maria Campos, ZAP //

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