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Descoberta única pode confirmar profecia do Antigo Testamento

Oren Rozen / Wikimedia

Inscrição sobre a cidade filisteia de Ecrom.

Uma descoberta arqueológica no Médio Oriente pode validar a precisão de uma profecia feita por Sofonias presente no Antigo Testamento da Bíblia.

A profecia previa a destruição da cidade filisteia de Ecrom, no século VII a.C., pelos invasores da Babilónia. A Filisteia era a região que corresponde hoje à Palestina.

“Após 14 temporadas de escavação, os arqueólogos tropeçaram em algo inesperado. Pela primeira vez na história arqueológica eles descobriram uma inscrição monumental que nomeia uma cidade bíblica e os seus reis in situ, numa camada de destruição que pode ser datada”, disse o especialista em estudos bíblicos Tom Meyer ao Express. A inscrição é de 690 a.C. e contém cinco linhas num total de 71 letras.

“Sofonias previu os resultados catastróficos da invasão da Babilónia vindoura sobre as nações vizinhas de Judá e sobre o próprio Reino de Judá”, acrescentou o investigador.

A inscrição comemora a dedicação de um santuário filisteu num complexo de templos. Cinco reis de Ecrom são mencionados na inscrição, bem como uma dedicação à deusa que celebrou o templo.

Meyer considera que a inscrição prova que a cidade de Ecrom foi realmente destruída pelos babilónicos, assim como tinha previsto Sofonias.

De acordo com Meyer, a destruição de Ecrom foi profetizada cerca de 40 anos antes por Sofonias. O investigador acredita que as evidências da destruição da cidade provam que o profeta estava certo. “Esta descoberta única valida mais uma vez a história da Bíblia com precisão”, ditou o especialista.

Em Sofonias 2:4, lê-se:

“Gaza será abandonada,
e Ascalom ficará arruinada.
Ao meio-dia Asdode será banida,
e Ecrom será desarreigada”

Seguindo-se Sofonias 2:5:

“Ai de vocês que vivem junto ao mar,
nação dos quereteus!;
a palavra do Senhor está contra vocês,
ó Canaã, terra dos filisteus.
Eu a destruirei,
e não sobrará ninguém”

“Em todos os casos em que a historicidade do relato bíblico pode ser testada, a Bíblia tem demonstrado repetidamente ser historicamente precisa”, concluiu Meyer.

Daniel Costa, ZAP //

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