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Espanha vai abraçar a semana de 4 dias de trabalho como parte de uma nova (e longa) experiência social

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Em Espanha, cerca de 200 empresas vão aderir à semana de trabalho de quatro dias, uma iniciativa que irá durar três anos e que tem como objetivo avaliar este modelo de trabalho.

De acordo com o Inverse, o Governo espanhol vai suportar o protejo-piloto através de um fundo de 50 milhões de euros a ser distribuído pelos participantes para cobrir todas as despesas relacionadas com a implementação da semana de trabalho de quatro dias.

No início do ano, o Más País, um pequeno partido de esquerda espanhol, anunciou que o Governo havia aceitado a sua proposta para testar a ideia e, desde então, têm decorrido as primeiras negociações. “Com a semana de trabalho de quatro dias (32 horas), abrimos um autêntico debate dos nossos tempos”, escreveu Iñigo Errejón, do Más País, no Twitter.

“É uma ideia cujo tempo chegou.”

O político considera que “trabalhar mais horas não significa trabalhar melhor”. Esta experiência vai fornecer mais detalhes ao implementar a semana de trabalho de quatro dias durante um longo período de tempo, uma mais-valia se comparada com experiências semelhantes anteriores.

Andrew Barnes, fundador do Perpetual Guardian, salientou que as conclusões da experiência espanhola serão inestimáveis ​​para os investigadores interessados ​​em saber se a semana de trabalho de quatro dias é eficaz.

“Esperamos que Espanha forneça dados macro que levem os Governos a olhar para a semana de quatro dias de trabalho como um método para abordar questões sociais, produtividade e para desenvolver programas para ajudar as empresas a implementá-lo”, acrescentou.

O que diz a Ciência?

Um estudo de 2015, publicado na Education Finance and Policy, analisou este modelo de trabalho e os resultados revelaram um impacto positivo no desempenho de alunos do ensino básico, bem como no dos professores. Em relação a estes últimos, a experiência reduziu a rotatividade e o absentismo.

Mark Anderson, professor de economia e economia agrícola da Montana State University, acredita que estes resultados podem ser verificados também noutros setores de atividade e evidenciou que a literatura existente sobre a semana de trabalho de quatro dias mostrou que este modelo está frequentemente associado à maior satisfação do trabalhador.

“No geral, acho que trabalhadores mais felizes são também trabalhadores mais produtivos”, afirmou Anderson.

A ciência apoia a suposição do professor universitário. Um artigo de 2019 da Saïd Business School, da Universidade de Oxford, concluiu que o “efeito causal da felicidade” levou a aumentos na produtividade e impulsionou as vendas num dos maiores empregadores privados do Reino Unido, a British Telecom.

Liliana Malainho, ZAP //

2 Comments

  1. Este caminho foi seguido pelos sujeitos no poder na Venezuela, dando os resultados que deu – fome e miséria por todos os rincons do país e desgraça na moeda, bolívar, que desvalorizou de tal forma que um dolar vale no mercado oficial com 1 700 000!!!!! Se Espanha continuar assim, em pouco tempo vamos ter que ajudar os nuestros hermanos a sobreviver… Aquele Sanches mantém a agenda que o apátrida Soros lhe impõs!

    • Por você devíamos trabalhar 7dias por semana, 12h/dia e mesmo assim estávamos a ser preguiçosos!
      Basta ver pelos lucros de milhões de empresas que são contra estas medidas, que as mesma são possíveis abdicando de meia dúzia de tostões para essas empresas, coisa que largar mais 300/400€ mês não lhe agrada porque é menos um iPhone para a amante e para a mulher por ano

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