Pelo menos 17 pessoas morreram e outras 400 ficaram feridas após várias explosões registadas, este domingo, num quartel militar na cidade de Bata, na Guiné Equatorial, informaram as autoridades.
De acordo com dados do Ministério da Saúde e Bem Estar Social da Guiné Equatorial, até ao momento registaram-se 17 mortes nos hospitais da cidade, enquanto o número de feridos ascende a 400.
Os feridos estão distribuídos por três hospitais da cidade: 70 no Hospital la Paz, 150 no Hospital Geral de Bata e 200 no Hospital Nuevo Inseso.
O quartel fica situado numa zona habitacional e durante a tarde imagens transmitidas pela TVGE mostravam casas completamente destruídas e dezenas de pessoas a fugir do local, muitas delas feridas, além de uma espessa coluna de fumo.
Num comunicado oficial, lido na televisão pública TVGE, o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, disse que a cidade de Bata foi “vítima de um acidente causado por negligência e descuido da unidade responsável pela guarda e proteção dos depósitos de dinamite e explosivos anexos ao quartel militar de Nkuantoma”.
De acordo com a nota, foram queimadas em terrenos das proximidades que alastraram aos paióis e causaram as explosões, mas Teodoro Obiang informou ter ordenado a abertura de uma investigação exaustiva às causas do acidente.
O chefe de Estado explicou que das explosões resultaram pelo menos 15 mortos e mais de 500 feridos, embora o Ministério da Saúde e Bem Estar Social tenha avançado durante a tarde que pelo menos 17 pessoas morreram e informação divulgada pela televisão pública TVGE fale em pelo menos 20 mortos. Entre os mortos haverá várias crianças.
Teodoro Obiang apresentou condolências aos familiares das vítimas, desejou as melhoras aos feridos e apelou para o apoio da comunidade internacional, acrescentando que o acidente acontece numa altura em que o país atravessa uma crise económica provocada pela quebra dos preços do petróleo e uma crise sanitária resultante da pandemia de covid-19.
O Presidente estimou que devido à “grandeza dos danos causados nas infraestruturas públicas e privadas”, a Guiné Equatorial necessitará do apoio internacional e dos parceiros privados no país para conseguir os volumes financeiros necessários para a recuperação.
“O impacto da explosão causou danos em quase todas as casas e edifícios em Bata”, disse.
Com o objetivo de fazer o mesmo apelo, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Simeon Oyono Esono Angue, reuniu-se com o corpo diplomático acreditado em Malabo para pedir a ajuda dos parceiros internacionais.
“A situação é catastrófica e neste momento o povo da Guiné Equatorial está totalmente devastado”, afirmou Simeon Oyono Esono Angue.
“É importante para nós pedirmos aos nossos países irmãos a sua ajuda nesta lamentável situação, uma vez que temos uma emergência de saúde (devido à covid-19) e à tragédia em Bata”, frisou.
A Guiné Equatorial integra a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde 2014.
ZAP // Lusa