Portugal subiu quatro posições, para o 52.º lugar, no Índice de Liberdade Económica de 2021, segundo o relatório anual da Fundação Heritage, sendo a subida atribuída à melhoria da saúde orçamental.
O índice de Liberdade Económica de 2021, divulgado na quinta-feira, analisa 178 economias, menos duas do que na edição de 2020, atribuindo a Portugal 67,5 pontos, mais 0,5 pontos do que no ano passado, o que coloca o país no 52.º lugar em termos globais e em 29.º lugar face às restantes 45 economias europeias, noticiou a agência Lusa.
Os 67,5 pontos superam a média global (de 61,6), mas são inferiores à média da região Europa (70,1), colocando Portugal como uma economia “moderadamente livre”, de acordo com a escala do Índice de Liberdade Económica.
“A economia portuguesa tem tido a classificação de moderadamente livre desde o lançamento do Índice em 1995”, referiu o relatório, precisando que os dois maiores obstáculos a uma maior liberdade económica continuam a ser um “histórico de despesa pública elevada” e uma continuada necessidade de reforma do mercado de trabalho que reduza as formas precárias de emprego.
O relatório divulgado em formato digital a partir de Washington indicou também o impacto da pandemia de covid-19 na contração da economia. Na análise sobre o peso do Estado, o relatório atribui 78,2 pontos à saúde orçamental, enquanto as taxas de impostos e a despesa pública surgem com uma pontuação de, respetivamente, 60,0 e 42,4 pontos.
O relatório apontou que a pontuação que mede a liberdade empresarial diminuiu pelo quarto ano consecutivo, mas “o ambiente geral de negócios ainda é atrativo do ponto de vista regulatório”.
O olhar mais negativo vai para a liberdade laboral, com o relatório a assinalar que as reformas laborais realizadas nos últimos anos “não conseguiram aumentar a produtividade do trabalho”.
Portugal aparece em 52º lugar, seguido de Cabo Verde (77.º lugar com 63,8 pontos), São Tomé Príncipe (129.º lugar com 55,9 pontos), Guiné-Bissau (139.º lugar com 54,9 pontos), Angola (140.º lugar com 54,2 pontos), Brasil (143.º lugar com 53,4 pontos), Moçambique (153.º lugar com 51,6 pontos), Guiné Equatorial (163.º lugar com 49,2 pontos) e Timor-Leste (170.ª posição com 44,7 pontos).
Cabo Verde revelou-se assim o país lusófono africano com mais liberdade económica, segundo o mesmo relatório. “A pontuação sobre a liberdade económica de Cabo Verde mudou muito pouco desde o ano passado, continuando a ser moderadamente livre”, lê-se no relatório.
Esta pontuação melhorou 0,2 pontos, principalmente devido a uma “melhoria na saúde orçamental”, apontou o documento, destacando que a pontuação geral de 63,8 pontos está acima da média regional e da média mundial.
Macau deixou de figurar no ‘ranking’ de 2021 das economias mais livres do mundo porque, segundo a organização, as políticas do território passaram a ser “controladas, em última análise, a partir de Pequim”. Hong Kong, que liderou a classificação durante 25 anos, também já não consta no ‘ranking’.
“Os desenvolvimentos dos últimos anos demonstraram inequivocamente que essas políticas são controladas, em última análise, a partir de Pequim”, frisou a fundação, detalhando que os índices dos dois territórios passaram a ser indexados à China.
Portugal torna-se o 26.º país mais atrativo para trabalhar
Portugal foi eleito o 26.º destino mais atrativo para trabalhadores estrangeiros em 2020, uma subida de quatro posições, face a 2018, no ranking liderado pelo Canadá, segundo um estudo do Boston Consulting Group (BCG) divulgado também na quinta-feira.
“Portugal é o 26.º destino mais atrativo para trabalhadores estrangeiros. Esta posição representa uma subida de quatro posições no ‘ranking’ relativamente a 2018″, lê-se num comunicado conjunto do BCG, The Network, que participou no desenvolvimento do estudo, e Alerta Emprego.
A liderar esta avaliação está o Canadá, ultrapassando os Estados Unidos (EUA), que até aqui eram o destino mais atrativo.
No entanto, segundo o estudo, a pandemia de covid-19 teve um “impacto significativo” no que se refere ao interesse em trabalhar no estrangeiro, sendo que a preferência recai sobre os países com melhores resultados na contenção do novo coronavírus.
Por outro lado, conforme apontou, citado no mesmo documento, o ‘managing diretor e sénior partner’ do BCG, Rainer Strack, “com o aumento do trabalho remoto, muitos consideram que podem trabalhar de forma virtual, sem que haja necessidade de emigrar”.
Neste sentido, quase todos os países que registaram subidas no top 10 da avaliação tiveram sucesso em conter a pandemia, como a Austrália (3.ª posição) e o Japão (6.ª posição). Singapura e Nova Zelândia, que também foram elogiados pela resposta à covid-19, surgem, pela primeira vez, no top 10.
No sentido inverso, países como Alemanha e França recuaram dois lugares, enquanto Itália e Espanha deixaram de estar entre os 10 principais destinos.
Já ao nível das cidades, a tendência é semelhante, com Nova Iorque, Barcelona, Roma ou Madrid a serem “agora consideradas muito menos atrativas do que em 2018”. Porém, Tóquio e Singapura são mais atrativas, à semelhança de Dubai e Abu Dhabi. Lisboa, por sua vez, subiu 12 posições, passando do 40.º lugar para o 28.º.
Em Portugal, quase metade (48%) dos inquiridos estão dispostos a trabalhar fora do país, enquanto, a nível mundial, esta percentagem ascende a 50%, abaixo dos valores registados em 2018, nomeadamente, 58% no caso português e 57% a nível mundial.
Apesar da menor recetividade para mudar de país, 70% dos portugueses responderam estar dispostos a trabalhar a partir do seu país, mas para um empregador estrangeiro, acima da média mundial que se fixou em 57%.
Por setor, a nível mundial, cerca de 71% dos inquiridos com ‘background’ de digital ou ‘analytics’ e 67% com experiência em tecnologias de informação responderam que estariam dispostos a trabalhar para uma empresa sem presença física no país.
Ao nível das habilitações literárias, entre os inquiridos com grau de mestrado ou superior a percentagem de respostas neste sentido situou-se em 62%.
“Este estudo vem reforçar a visão de que Portugal pode procurar posicionar-se como um destino preferencial de empresas e trabalhadores, sobretudo, num contexto de crescente digitalização e novas formas de trabalho”, apontou, em comunicado, o ‘managing director e sénior partner’ do escritório da BCG em Lisboa, Miguel Abecasis.
Para este responsável, Portugal tem “características que são difíceis de replicar e que deve alavancar”, como “a boa qualidade do sistema educativo, o clima ameno, a segurança, a cultura amigável, a gastronomia ou o nível de inglês de boa parte da população”.
No total, para a realização deste estudo foram inquiridas 209.000 pessoas em 190 países. Em Portugal, a amostra foi constituída por 1.213 participantes, 55% dos quais do sexo feminino e 44% do sexo masculino.
// Lusa
a grande pais… o que chegaste…. democracia nem vela… respeito e orgulho pela nacao estas se acabar porque classe politica e alguns malfeitores tomaram conta do pais… ze tuga tem de andar fora a trabalhar e calar a boca… olhem que estou ficar cansado e farto desta gente…
Dizem estas tretas e na realidade somos um pais de Emigrantes ,com tengencia a aumentar