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Benfica 2-0 Estoril | Águia carimba presença na final

O Benfica venceu o Estoril Praia por 2-0, no Estádio da Luz, e apurou-se para a final da Taça de Portugal, a segunda consecutiva do emblema “encarnado”.

Os comandados de Jorge Jesus confirmaram a superioridade sobre a formação da segunda Liga – venceram 3-1 na primeira mão desta meia-final -, realizando uma prestação de total domínio, com muitas ocasiões de golo, mas também muito desperdício.

Gonçalo Ramos e Luca Waldschmidt marcaram os golos que permitem às “águias” defrontar o Braga, numa final inédita da competição.

 

O jogo explicado em números

  • Muitas mexidas na equipa do Benfica para este jogo. Jorge Jesus lancou Vlachodimos, Gilberto e Nuno Tavares, mas também Franco Cervi, Gabriel, Pizzi, Pedrinho, Chiquinho e Gonçalo Ramos. O mesmo fez o treinador do Estoril Praia, Bruno Pinheiro, com apenas quatro jogadores a “sobreviverem” à titularidade da primeira mão.
  • Entrada acutilante do Benfica na partida, a pressionar intensamente no ataque à procura de um golo madrugador e a criar algumas situações de golo iminente. O marcador, contudo, não funcionou, apesar de os “encarnados” registarem 70% de posse de bola à passagem do primeiro quarto-de-hora, quatro remates, um enquadrado, e cinco acções com bola na área contrária. Os “canarinhos”, esses, não registavam qualquer disparo ou acção na área benfiquista.
  • O Estoril Praia foi, aos poucos, estancando o futebol benfiquista, limitando os lances de perigo na sua grande área, mas o melhor que conseguiram até à meia-hora foi registar um pontapé de canto e aumentar para 37% a posse de bola. O melhor em campo nesta fase era o brasileiro Pedrinho, com um rating de 6.0, ele que esteve muito activo no flanco direito e era dono de uma ocasião flagrante criada – desperdiçada por Franco Cervi – em dois passes para finalização.
  • Otamendi quase fez o primeiro da partida aos 36 minutos, mas após um cruzamento da direita de Chiquinho, o argentino chegou tarde ao segundo poste e não conseguiu a emenda. Adivinhava-se o golo do Benfica, que aconteceu aos 43 minutos.
  • Os visitantes tentavam sair a jogar desde trás, as “águias” pressionaram alto, Hugo Gomes errou o passe e colocou a bola em Chiquinho, que serviu de imediato Gonçalo Ramos. O jovem ponta-de-lança recolheu, fez “mira” e rematou forte para o primeiro da noite, ao nono disparo dos homens da casa, segundo enquadrado.
  • Ao intervalo, Benfica com pé e meio na final da Taça, em vantagem na segunda mão desta meia-final por 1-0 – golo de Gonçalo Ramos -, após ter ganho 3-1 no primeiro embate.
  • Os “encarnados” foram sempre melhores, dominaram, atacaram bastante, nem sempre revelando calma no último passe ou na finalização, mas criaram perigo, algo que não se verificou do outro lado.
  • O melhor nesta fase era Chiquinho, com um GoalPoint Rating de 6.9, fruto de uma assistência, duas ocasiões flagrantes criadas em três passes para finalização, quatro passes ofensivos valiosos, sete recuperações de posse e duas intercepções.
  • Aos 53 minutos, excelente combinação entre Pedrinho e Pizzi, este cruzou da direita e Cervi, nas alturas, cabeceou com muito perigo. O Benfica voltava a entrar na partida por cima e a causar calafrios a um Estoril Praia que não saía do seu meio-campo. E aos 60, num lance estudado de bola parada, Chiquinho obrigou Thiago a aplicar-se e a recarga de Cervi não saiu.
  • A pressão “encarnada” era grande e, aos 60 minutos, os homens da casa tinham 70% de posse de bola na segunda parte, dois remates, nenhum enquadrado, e o Estoril registava o seu primeiro remate, e com boa direcção. Globalmente, o Benfica somava 14 acções com bola na área contrária (contra uma) e muitas ocasiões no segundo tempo, mas a bola teimava a não entrar.
  • Pouco mudou até aos 70 minutos, mesmo com as muitas substituições que começaram a ser realizadas. O Benfica entrava com facilidade na área estorilista, com boas combinações e em velocidade, mas a finalização raramente era a melhor. Destaque, nesta fase, para Gabriel, não por liderar os ratings, mas por registar o máximo de passes certos (69), de acções com bola (97) e de intercepções (4).
  • Aos 83 minutos, mais uma grande “chance” para o Benfica, com Everton a trabalhar bem na área e a rematar para golo, mas Valente realizou um corte magistral e negou a festa ao brasileiro.

António Cotrim / Lusa

  • Só que em cima dos 90, o Benfica ampliou. Luca Waldschmidt progrediu pela direita e, perante Thiago, rematou cruzado e bem colocado. Estava confirmado o triunfo benfiquista e a presença na final da Taça pela segunda vez consecutiva.

 

O melhor em campo GoalPoint

Excelente jogo de Chiquinho, que aproveitou a oportunidade para ser o principal dinamizador do ataque benfiquista.

O português registou um GoalPoint Rating de grande nível, um 7.9 que reflecte uma assistência, duas ocasiões flagrantes em cinco passes para finalização (máximo do jogo), seis passes ofensivos valiosos, mas também o máximo de recuperações de posse, nada menos que 12.

Jogadores em foco

  • Gabriel 7.6 – O brasileiro encheu o campo. No passe, na construção, nos momentos defensivos, Gabriel atingiu níveis elevados, tendo terminado líder nos passes certos (79, correspondendo a 90% de eficácia), nos passes longos certos (9 em 13), nas acções com bola (114) e nas intercepções (4). Fez também dez passes progressivos eficazes, completou as três tentativas de drible e recuperou sete vezes a posse de bola.
  • Adel Taarabt 7.1 – O marroquino está em claro crescendo de forma. Apenas jogou 20 minutos, mas foi o suficiente para fazer a assistência para o golo de Waldschmidt, mais dois passes para finalização, acertar 16 dos 17 passes que realizou e terminar como o jogador com mais dribles tentados (6) e completos (6).
  • Luca Waldschmidt 6.9 – Outro jogador que entrou e deu um outro critério às acções “encarnadas”. O alemão marcou um golo, enquadrou os dois remates que realizou e teve sucesso nos seis passes que fez.
  • Gonçalo Ramos 6.8 – O jovem atacante benfiquista aproveitou a titularidade para deixar uma marca forte no jogo. Autor do primeiro golo, fez ainda dois passes para finalização, somou o máximo de acções com bola na área estorilista (6) e completou duas de quatro tentativas de drible.
  • Pedrinho 6.8 – Um dos jogadores mais activos nos 65 minutos que somou no jogo. O brasileiro rematou três vezes, uma enquadrada, criou uma ocasião flagrante, registou oito passes ofensivos valiosos e teve grande participação no trabalho sem bola, com seis acções defensivas no meio-campo contrário (máximo do encontro) e quatro bloqueios de passe/cruzamento.
  • Marcos Valente 5.8 – Perante a pressão constante do Benfica, não espanta que o melhor em campo dos estorilistas tenha sido um central. Valente recuperou nove vezes a posse de bola, fez quatro alívios, mas o destaque vai para um corte decisivo a negar um golo quase certo a Everton.

Resumo

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