Em Moscovo, capital da Rússia, a vacina Sputnik V está disponível gratuitamente a qualquer pessoa que queira ser vacinada desde 18 de janeiro. Os interessados não precisam de agendar a toma e até ganham um gelado de chocolate.
Na Praça Vermelha, o posto de vacinação contra a covid-19 é quase uma atração turística – com direito a brinde. A vacina ficou disponível para pessoas de grupos de risco, incluindo médicos e assistentes sociais, no início de dezembro, mas, aos poucos, tem sido alargada a mais grupos.
Agora, está disponível para qualquer um que a queira – incluindo turistas. De acordo com a Deutsche Welle, o fluxo de pacientes para serem vacinados é constante, mas não há grandes filas. Apesar de não haver números oficiais, os voluntários e funcionários do local estimam que cerca de um terço são estrangeiros.
George Tewson, um britânico que vive em Moscovo, deslocou-se à Praça Vermelha para receber a vacina contra a covid-19, juntamente com a sua mulher, e garantiu em declarações à DW que não se sente parte de uma campanha de propaganda russa.
Da mesma forma, Josh Lanza, um músico norte-americano, congratula-se pelo “momento histórico” de ter conseguido tomar a Sputnik V.
Para a Rússia, o lançamento da vacina contra o novo coronavírus é uma questão de orgulho nacional. O país já entregou o pedido de aprovação da Sputnik V na União Europeia (UE) e, atualmente, a substância está a ser usada na Argentina, Hungria e Sérvia.
Um estudo recente, publicado na The Lancet, mostrou que a vacina russa tem uma eficácia de 91,6% contra a doença. “O desenvolvimento da Sputnik V tem sido criticado pela sua precipitação, por ter saltado etapas e pela falta de transparência, mas os resultados são claros e o princípio científico dessa vacinação está demonstrado”, escreveram dois especialistas, Ian Jones e Polly Roy, num comentário anexado ao estudo.