A recente imagem capturada pelo telescópio espacial Hubble, da NASA/ESA, dá aos cientistas algumas dicas sobre esta autêntica “fábrica galáctica”.
No dia 5 de fevereiro, a NASA partilhou uma imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble da galáxia NGC 1792, localizada a cerca de 36 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Columba.
A NGC 1792 é uma galáxia espiral e uma starburst, onde estrelas são produzidas a uma taxa muito alta – uma autêntica “fábrica galáctica”.
“Esta visão íntima da NGC 1792 dá-nos algumas dicas sobre esta fábrica galáctica. As vastas faixas azuis vistas por toda a galáxia indicam áreas que estão cheias de estrelas jovens e quentes, e é nos tons de laranja, mais perto do centro, que as estrelas mais velhas e mais frias residem”, lê-se no comunicado da agência espacial norte-americana.
Na Via Láctea, as estrelas são produzidas a uma velocidade de cerca de três massas solares por ano. Por comparação, numa starburst as estrelas são produzidas a uma taxa até dez vezes superior à da nossa galáxia.
A rápida produção de estrelas acontece graças ao grande reservatório de gás na galáxia, que forma os blocos de construção de novas estrelas.
A NASA explica que, quando as galáxias têm um grande reservatório de gás, como a NGC 1792, as fases de explosão estelar de curta duração podem ser desencadeadas por eventos galácticos, como fusões e interações de marés.
Agora, os cientistas da agência espacial estão concentrados em encontrar uma explicação para a desaceleração da formação estelar antes de a galáxia usar todo o seu gás. A teoria mais consensual é que as supernovas e os ventos estelares podem dispersar o gás e interromper a formação de estrelas, deixando algum gás remanescente.