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Cabrita de pedra e cal no Governo. Não sai nem na remodelação de 2022

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Tiago Petinga / Lusa

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, está seguro no Governo liderado por António Costa, não se prevendo a sua saída nem na remodelação prevista no Executivo para 2022, apurou o jornal Público.

De acordo com o matutino, há, no seio do Governo, a ideia de que o governante saiu fragilizado após a polémica com a morte do cidadão ucraniano às mãos do Estado no Aeroporto de Lisboa, mas a sua saída não estará a ser equacionada.

Pegando na polémica que se gerou com este caso, um ministro exemplificou, em declarações ao jornal Público, que as substituições de ministros apenas servem para encontrar “bodes expiatórios”, e não para resolver os problemas.

“É o que representaria a demissão de Eduardo Cabrita. Não mudava nada, pelo contrário. O problema é do serviço e [Eduardo Cabrita] está mais bem colocado do que ninguém para proceder à reforma do SEF”, garantiu.

Eduardo Cabrita deverá continuar com a pasta na Administração Interna no Governo, mesmo depois de o Presidente da República ter sugerido a sua demissão.

“O candidato só pode e deve dizer aquilo que pode e deve dizer enquanto Presidente da República. O senhor ministro da Administração Interna não pediu exoneração, o senhor primeiro-ministro não propôs exoneração”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa em entrevista à TVI, estabelecendo um paralelo com a situação de Constança Urbano de Sousa, que pediu a exoneração do cargo de ministra depois dos incêndios de 2017.

Depois das palavras do Chefe de Estado, o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, saíram em defesa de Cabrita.

ZAP //

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9 Comments

  1. Quando numa instalação do Estado se mata um estrangeiro e só 9 meses depois um seu servidor tem o desplante de ligar à viúva para lhe dar os sentimentos, isto é puro terceiro mundismo. O Chefe do Estado, como primeiro magistrado da nação, se o fosse autenticamente, só teria que exigir a demissão imediata deste pantomineiro armado em ministro. Por este caso inédito, em qualquer verdadeira democracia, Portugal já está a ser enxovalhado por este comportamento miserável. Isto é uma amostra do que a corja governante está a fazer ao nosso querido Portugal.

  2. Começo a perceber que deve haver no governo e logo a começar pelo 1º ministro, grandes apreciadores de cabrito no forno, pois seguram-no a todo o custo e mantêm-no bem quentinho para que não tente fugir.

  3. Não vai haver nenhuma remodelação de 2022 porque o governo não dura até lá. É tal a incompetência quer do governo quer da presidência da república que a situação vai ficar ainda mais insustentável, (já está a caminho disso mesmo) e terá de haver uma ruptura, tardia mas inevitável. É inútil constatar que de facto de a oposição ser inexistente, embora seja uma realidade não contribui para o desfecho final desta “novela”. O governo encarregasse deste trabalho de sua própria auto-destruição mesmo sem ter de promover o cabrito a “bode” expiatório.

    • Caro Amândio, o “pseudo-governo” que aqui temos vai durar muito tempo, porque fomos abençoados com um papagaio que fala, mas que nada diz. Como pode ou como consegue ter fé nestes pulhas?
      Tenha um 2021 livre de pensamentos negros sobre pessoas que não sabem cumprir a sua função.
      São todos uns pastores que esfregam erva nas trombas…

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