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Praticar exercício físico ao frio pode ajudar a queimar gordura com mais facilidade

Um novo estudo descobriu que enfrentar o frio pode ser uma boa maneira de ajudar a queimar calorias. O tamanho da amostra pode ser pequeno, mas a pesquisa sugere que a temperatura ambiente durante o exercício pode ter uma grande influência no metabolismo.

A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade Laurentian e concentrou-se no treino de alta intensidade, também conhecido como HIIT, onde exercícios curtos e intensos são intercalados com sessões de baixa intensidade.

A popularidade deste formato cresceu recentemente devido aos benefícios na queima de gordura. Agora, a equipa começou a explorar de que forma a temperatura ambiente pode influenciar e ajudar a trazer mais resultados.

Os investigadores analisaram pesquisas anteriores que demonstram como os exercícios de HIIT são benéficos para o metabolismo lipídico, ou a quebra e armazenamento de gorduras. Um outro fator relevante que foi descoberto foi o facto de a temperatura ambiente ser um ponto importante no metabolismo durante o exercício e depois, no período de repouso. Isso levou a equipa a elaborar um estudo que investiga de que forma o HIIT, o metabolismo e a temperatura ambiente podem estar relacionados.

O estudo, publicado no Journal of Applied Physiology a 3 de dezembro, envolveu 11 adultos ativos, mas com excesso de peso, que participaram em duas sessões de HIIT com o intervalo de uma semana.

Um deles foi realizado num ambiente “termo-neutro” com temperaturas por volta dos dos 21°C, e o outro com uma temperatura de cerca de 0°C. As sessões consistiam em dez sprints de ciclismo com 90% de esforço e com uma duração de um minuto cada, seguidos por períodos de 90 segundos de “recuperação” de ciclismo com 30% de intensidade.

Após cada sessão, os participantes pedalaram ou caminharam suavemente, comeram uma barra nutricional antes de dormir e tomaram um pequeno-almoço com alto teor de gordura na manhã seguinte.

Durante as sessões, os cientistas monitorizaram a temperatura da pele, a temperatura corporal central, a frequência cardíaca, a quantidade de oxigénio, os níveis de glicose, o oxigénio geral, os níveis de dióxido de carbono e os níveis de troca gasosa. Também foram recolhidas amostras de sangue para ajudar a calcular as taxas de queima de gordura.

“O estudo descobriu que exercícios de alta intensidade no frio aumentaram a oxidação de lipídios em 358% durante a sessão de exercícios, em comparação com exercícios de alta intensidade num ambiente termo-neutro”, escreveu a equipa.

Como avança o New Atlas, apesar das conclusões apresentadas, a ideia de que as temperaturas mais frias podem ajudar a queimar mais gordura durante o exercício precisa de uma investigação mais detalhada, embora o estudo indique que esta é uma possibilidade que vale a pena estudar.

Ana Moura, ZAP //

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