Mais de duzentas pessoas no País Basco doaram o seu cérebro para ajudar na investigação de doenças neuro degenerativas no âmbito de um programa do BioBanco basco (O+ehun), posto em marcha em finais de 2011.
O diretor científico do Biobanco, Roberto Bilbao, afirmou, numa entrevista à Efe, que o programa resultou num “êxito” tanto em número de doações como pelo interesse de associações de pacientes e de investigadores.
As amostras são cedidas a especialistas, as quais são anónimas e têm de ser autorizadas por um comité de ética.
“Hoje, o programa é uma referência na investigação em neurociências e, concretamente, em patologias neuro degenerativas”, como o caso do alzheimer, esclerose múltipla, parkinson ou epilepsia, segundo explicou.
O responsável adiantou que qualquer pessoa pode doar o cérebro, esteja doente ou não, já que assim permite uma comparação entre os tecidos neurológicos sãos e os que não estão.
Além disso, a doação de cérebros no Biobanco basco, que funciona desde 2004, também recolhe amostras de sangue periférico (ADN, plasma, soro ou células), entre outros.
Em Espanha, estão registados mais de 60 biobancos e entre estes, 90% são públicos.
/Lusa