Cerca de um quarto da população mundial não terá acesso à vacina contra a covid-19 até 2022, alertam especialistas da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos.
Num artigo publicado na revista British Medical Journal (BMJ), os especialistas referem que os países mais desenvolvidos já adquiriram milhões de doses do fármaco, mas que não se sabe ainda quando é que este chegará aos países mais pobres.
De acordo com o documento, citado pela revista norte-americana Newsweek, mesmo que os farmacêuticas cumpram as suas metas de produção de vacinas, as pessoas que vivem em países mais pobres poderão ter de enfrentar uma longa espera.
“Mesmo se todos os fabricantes líderes [de vacinas contra a covid-19] conseguissem atingir a sua capacidade máxima de produção projetada, quase um quarto da população mundial ficaria sem acesso a uma vacina até pelo menos ao ano de 2022”.
Os mesmo especialistas frisam ainda que a incerteza sobre o acesso global a vacinas não está apenas relacionada com o facto de estas ainda estarem a ser testadas, mas também se prende com a “fracasso dos Governos e fabricantes de vacinas [no objetivo de] serem mais transparentes e responsáveis sobre estes acordos, desde a aplicação de um preço justo a uma distribuição equitativa”.
“Este estudo fornece uma visão geral sobre a forma como os países com maior poder financeiro garantiram o fornecimento futuro de vacinas contra a covid-19, [mostrando] que o acesso para o resto do mundo é ainda incerto”, pode ler-se no mesmo estudo.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.621.397 mortos resultantes de mais de 72,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP, citado pela agência Lusa.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Porque é que tantos jornais, online e offline, terminam as noticias covídicas com a frase “A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.”
É que repetir esta informaçao ad nauseam não é notícia, é propaganda. Já se detetaram também amostras de dezembro/2019 na Europa, nas águas residuais. E o primeiro caso detetado também ja se descobriu que é anterior a esta data.