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Cecília Meireles desafiada a dar o lugar no Parlamento ao líder do CDS. Mas deputada não vai ficar “caladinha”

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Tiago Petinga / Lusa

A deputada do CDS-PP, Cecília Meireles

Cecília Meireles foi desafiada a abandonar o cargo no Parlamento. A saída da deputada centrista teria como consequência direta a entrada do líder Francisco Rodrigues dos Santos.

O Conselho Nacional do CDS, que decorreu este sábado, não foi pacífico. Depois das críticas direcionadas à direção do partido, Cecília Meireles, deputada centrista, foi desafiada a deixar o cargo no Parlamento por Raul Almeida, vice-presidente de Francisco Rodrigues dos Santos.

De acordo com o Observador, o antigo deputado sugeriu que Cecília Meireles devia ceder o lugar ao atual líder do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, que foi número dois pelo círculo eleitoral do Porto.

Na sua intervenção no Conselho Nacional, Cecília Meireles exigiu “respeito” à direção do partido e acusou o líder centrista de nada fazer para travar André Ventura. “O problema está a agravar-se. [André Ventura] faz gala de nos enxovalhar a todos através do presidente do nosso partido e eu quero lutar contra isto. Mas precisamos de ter uma estratégia”, acusou.

Raul Almeida não gostou das críticas e desafiou a deputada a deixar o cargo no Parlamento. Telmo Correia, líder parlamentar do CDS, reagiu deixando uma ameaça ao vice-presidente do CDS: “É bom que o senhor conselheiro ou quem quer que seja com responsabilidade na direção do partido não entre por aí. É uma linha vermelha.”

Já Cecília Meireles deixou uma promessa: não voltará a ficar “caladinha”.

Chega de André Ventura foi o “elefante na sala”

O partido de André Ventura foi, nas palavras de Cecília Meireles, o “elefante na sala”. Depois das declarações da deputada, Adolfo Mesquita Nunes disse mesmo que o Chega “ameaça a sobrevivência do CDS” e que é preciso “parar para pensar” sobre como lidar com o partido que lhe causa “repulsa” com muitas das suas propostas.

Além disso, o ex-vice-presidente de Assunção Cristas assumiu que, no primeiro ano de mandato da atual direção, “as coisas não estão a correr bem” e que a liderança”está a falhar”.

Segundo o Público, João Almeida traça o mesmo retrato, assumindo que o primeiro ano “não correu bem” e rejeitando que a culpa fosse da pandemia de covid-19 ou da situação financeira do partido. João Gonçalves Pereira, líder da distrital de Lisboa, também alertou para as eleições autárquicas, criticando a postura do líder do CDS ao colocar-se “nas mãos do PSD e de Rui Rio”.

O líder da bancada, Telmo Correia, apontou o dedo à direção pela “conflitualidade” que tem perante os deputados e desafiou à escolha de um caminho entre “um partido unido e a trabalhar” ou a “alimentar esse tipo discurso”.

Na sua intervenção final, Francisco Rodrigues dos Santos tentou fazer um discurso apaziguador, rejeitando a conflitualidade entre o grupo parlamentar e o presidente do partido e reiterando confiança na bancada – apesar de o CDS estar mais dividido do que nunca.

ZAP //

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4 Comments

  1. O melhor é fecharem de vez. A IL roubou parte do eleitorado, o CHEGA outra parte e muitos poderão “voltar” ao PSD logo que o líder deste partido mude.

  2. Realmente o CDS está a cair aos bocados. Tinham tanta gente com categoria para substituir a Cristas como a Cecília , o Adolfo , e tantos outros que não me ocorre o nome como aquele rapaz que se candidatou a líder mas saiu vencedor o ‘Chiquinho’ talvez porque grita mais. Tirar a Cecília e colocar lá este nabo, tratem do funeral do CDS!

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