Num artigo no New York Times sobre o Dia de Ação de Graças, o Papa Francisco defendeu as restrições levantadas para combater a pandemia covid-19, acabando por ser criticado por alguns radicais de direita, que o classificaram como “socialista” e “comunista”.
Segundo noticiou o Raw Story no sábado, no artigo, o Papa congratulou os governos que têm “agido de forma decisiva para proteger a saúde e salvar vidas”, “impondo medidas para conter o surto”.
“A maioria dos governos agiu com responsabilidade, impondo medidas para conter o surto. Mesmo assim, alguns grupos protestaram, recusando-se a manter a distância, manifestando-se contra as restrições às viagens – como se as medidas que os governos devem impor para o bem do seu povo constituíssem algum tipo de ataque político à autonomia ou à liberdade pessoal! Olhar para o bem comum é muito mais do que a soma do que é bom para os indivíduos. Significa ter consideração por todos os cidadãos e procurar responder eficazmente às necessidades dos menos afortunados”, disse o Papa.
E continuou: “Se quisermos sair desta crise menos egoístas do que quando entramos, temos que nos deixar ser tocados pela dor dos outros”. E praticar o distanciamento social, escreveu ainda, “é uma forma de cuidar do bem-estar dos outros”.
Em reação à opinião de Francisco, alguns radicais de direita manifestaram-se nas redes sociais, nomeadamente no Twitter, indicando que o “Papa é comunista”.