Este ano, reformaram-se mais 1.649 professores em Portugal continental. É o valor mais alto dos últimos sete anos.
De acordo com o Correio da Manhã, entre janeiro e dezembro deste ano, aposentaram-se 1.649 professores em Portugal continental. Este valor só é ultrapassado pela meta atingida em 2013, altura em que se reformaram 4.628 docentes (incluindo educadores de infância).
O CM, que cita números da Caixa Geral de Aposentações, escreve que desde 2012 houve uma redução de 3.023 docentes efetivos, tendo saído 14.891 professores, no total, e entrado para a carreira apenas 11.868.
O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, referiu que “está a aposentar-se muita gente, e alguns preferem sair mesmo com cortes nas reformas, devido ao desgaste crescente da profissão”.
A Fenprof defende que a solução passa por recuperar milhares de docentes a contrato que, nos últimos anos, optaram por outras profissões. “Se a carreira for valorizada e for garantida estabilidade, muitos ainda voltam, o que seria fundamental para dar tempo para formar novos professores, ou então teremos em breve um problema muito grave”, disse Mário Nogueira ao diário.
O Governo tinha antecipado para este ano a saída de apenas 1.358 professores, com base na idade, mas o número foi superado em quase 300 saídas. De acordo com o Correio da Manhça, o Ministério da Educação previu a saída de quase 10 mil profissionais em quatro anos, até 2023, mas a tendência é crescente.
