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Google vai ter serviço para abrir contas bancárias em 2021

A Google anunciou que vai ser possível abrir, em 2021, uma conta à ordem através da Google Pay, na mesma altura em que a empresa está a ser acusada de concorrência desleal pelo Governo dos Estado Unidos.

O serviço financeiro Google Pay permite efetuar várias operações, mas a possibilidade de abrir uma conta à ordem, por exemplo, apenas vai estar disponível no próximo ano, dá conta um comunicado da gigante tecnológica norte-americana.

A opção “pagar” da app vai permitir fazer pagamentos ou transferências imediatas para os contactos, à semelhança de outras aplicações para smartphone, como o MB Way ou a Revolut, em Portugal.

Já a opção “explorar” vai ser utilizada para fornecer promoções aos utilizadores de outros serviços da Google, enquanto a “insights” permite consultar as finanças pessoais de um modo geral.

A tecnológica norte-americana pretende “fazer dinheiro de uma maneira simples, segura e útil”, acrescenta a nota, citada pela agência France-Presse.

As carteiras digitais estão disponíveis desde 2018 e já são utilizadas por mais de 150 milhões de pessoas em 30 países.

O The Wall Street Journal indicou que a Google estabeleceu uma parceria com o banco norte-americano Citibank e uma cooperativa de crédito da Universidade de Stanford.

O anúncio ocorre na mesma altura em que as autoridades norte-americanas anunciaram o processo contra a Google por possíveis abusos de posição dominante.

O Departamento da Justiça lançou uma ação legal contra a empresa em outubro, baseando a acusação no modelo de negócios da empresa.

Washington acusa a tecnológica de Silicon Valley de violar as leis da concorrência e de reforçar o monopólio das pesquisas na web e de publicidade de forma ilegal, através dos vários serviços que fornece, como o Gmail e o Maps.

À semelhança da Google, também o Facebook, a Apple e a Amazon investiram em serviços financeiros. A rede social cofundada por Mark Zuckerberg, por exemplo, lançou no ano passado o Facebook Pay, que permite pagar produtos adquiridos diretamente através do Facebook ou no Instagram, ou até pedir e enviar dinheiro através do Messenger.

Contudo, todos estes serviços estão a gerar preocupação dentro de vários grupos de ativismo, que receiam a recolha ilícita de dados dos utilizadores.

ZAP // Lusa

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