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Boom de construção. Mount Pleasant foi construído muito mais rápido do que se pensava

Peter Sandiford / Cardiff University

Vista aérea do Mount Pleasant

Por volta de 2500 a.C., a frenética atividade de construção resultou no aparecimento de enormes estruturas cerimoniais no sul da Grã-Bretanha.

Uma equipa de cientistas da Universidade de Cardiff usou métodos científicos aprimorados para reexaminar os restos do megacírculo de Mount Pleasant, um grande recinto pré-histórico, localizado nos arredores de Dorchester.

Durante o período Neolítico, os seres humanos começaram a construir enormes monumentos para enterros e rituais no sul da Grã-Bretanha. Os cientistas acreditaram durante muito tempo que estas construções circulares eram erguidas ao longo dos séculos.

No entanto, as conclusões deste novo estudo, publicado na Proceedings of the Prehistoric Society, indicam que estes monumentos demoraram entre 35 e 125 anos a serem construídos.

De acordo com o EurekAlert, os cientistas investigaram a datação por radiocarbono dos artefactos usados para construir o megacírculo de Mount Pleasant. Um dos objetos mais interessantes encontrados são as picaretas de chifre, que serviam para abrir as valas do monumento.

Susan Greaney, principal autora do estudo, refere que “a construção do Mount Pleasant terá envolvido um grande número de pessoas, que cavaram valas enormes com ferramentas simples como picaretas de chifre”.

“Apesar de a construção das várias partes tenha ocorrido em várias fases, com sucessivas gerações a trabalhar na sua construção, toda a obra se concentrou em pouco mais de um século.” Isto significa que o ritmo de toda a obra foi frenético.

Ainda assim, os cientistas ainda não sabem porque é que estas estruturas foram erguidas. “As pessoas estavam a construir estes monumentos como um ‘último suspiro’ porque podiam ver a mudança a chegar? Ou o esforço e trabalho de construir os monumentos levou a uma rebelião, um colapso na crença nos líderes ou na religião, que criou um vácuo no qual novas pessoas poderiam vir do continente?”, questionou a especialista.

ZAP //

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