O Plano de Recuperação e Resiliência para o país, que o Governo de António Costa entrega esta quinta-feira em Bruxelas, dedica 30% dos 12,9 mil milhões de euros em fundos esperados para Portugal às empresas.
Serão, ao certo, pelo menos 3865 milhões de euros para as empresas, mas o primeiro-ministro, António Costa, disse esta quarta-feira, que o impacto será melhor através de outras iniciativas plasmadas no plano, escreve o Diário de Notícias.
“Há pelo menos seis mil milhões de euros elegíveis para serem executados pelas empresas”, disse, argumentando que serão também estas mesmas empresas a construir as obras e infraestruturas planeadas no mesmo documento.
“As empresas não estão só presentes nos 2,5 mil milhões de euros que estão previstos para o aumento do potencial produtivo (…) Quando investirmos na construção de uma ligação rodoviária transfronteiriça, não é o Governo que vai construir. É mesmo uma empresa”, disse, dando conta que o impacto para as empresas será maior.
“Pelas contas que fazemos, há pelo menos 6000 milhões de euros que são elegíveis para poderem ser executados pelas empresas, exclusivamente ou em concurso com outras entidades”, disse o líder do Executivo, citado pelo jornal Público, respondendo às críticas de uma baixa participação dos negócios na “bazuca europeia”.
António Costa parece responder assim às críticas sobre o assunto que têm chegado de vários empresários, bem como do presidente do PSD, Rui Rio.
O mesmo plano contempla para as “prioridades” do Governo – Serviço Nacional de Saúde (SNS), habitação, respostas sociais e qualificações – 3,2 mil milhões de euros.
Sendo para investir em infraestruturas, pode não ser para ajudar as empresas portuguesas e trabalhadores portuguesas.
A maioria das obras de infra-estruturas adjudicadas nos ultimos tempos são adjudicadas a empresas Espanholas.
Estas deviam recorrer à bazuca Espanhola !
E para a Industria ligeira e pesada e Agricultura ? Qual é a ajuda ?
Ó Soares… isto é tudo treta! Este PM é um balelas. É só conversa. Não se esqueça que estimaram em 4 mil milhões de euros o apoio às empresas para um período de 3 meses e depois gastaram em 4 meses apenas 700 milhões. Isto é tudo conversa de café.
Para a maioria dos apoios o amigo tinha de ter 90 anos e ir acompanhado dos seus paizinhos.
Ok, quando são as empresas que em grande medida fazem avançar os países e quando a maior fatia dos apoios não lhes é confiada, está tudo dito.
Até porque sabemos que muitos dos apoios às empresas não o são realmente, pelo menos para a generalidade das empresas. Muito do “pseudo-apoio” às empresas não passa de arranjar maneira de as pôr a baixar o desemprego e a pagar impostos e contribuições sociais; não passa de beneficiar as empresas dos familiares dos amigos e de grandes grupos económicos com ligações perigosas; não passa da promoção do endividamento.
Quando se inicia com uma fatia miserável face àquilo que são as necessidades e se conhecem os maus vícios, já se sabe que pouco chegará para quem realmente precisa.
Mais uma vez, Portugal fica adiado, e assim se compreende a posição deste país encalhado e miserável.
Quais empresas,as do estado?