Um grupo de cientistas indianos desenvolveu “um teste simples, minucioso, com pouca margem de erro, muito barato e que e pode produzir em massa”, feito principalmente de papel, contou um dos conselheiros do governo indiano para a pandemia, Vijay Raghavan.
O teste, designado Feluda e feito principalmente de papel, tem por base a ferramenta Crispr, grupo de tecnologias que dão aos cientistas a capacidade de alterar o ADN de um organismo, adicionando, removendo ou alterando o genoma em locais específicos, apontou a BBC, citada pelo Expresso na segunda-feira.
Os investigadores do Instituto de Investigação Genética e Biologia Integrada de Nova Deli já testaram esta nova tecnologia em duas mil pessoas, incluindo em algumas que tiveram um teste positivo, comprovando que o mesmo tem 96% de sensibilidade ao vírus. A chamada taxa de “especificidade” é de 98%.
O Feluda custa 500 rupias, cerca de cinco euros, e pode ser o primeiro teste do mundo a ser vendido ao público como um teste de gravidez.
A ferramenta Crispr identifica os marcadores genéticos específicos do coronavírus e atribui-lhes uma cor fluorescente no pedaço de papel em contacto com o material biológico do doente. Duas linhas azuis indicam um resultado positivo, uma única linha quer dizer que o paciente está negativo.
Testes semelhantes estão a ser desenvolvidos “testes de terceira geração” nos Estados Unidos e no Reino Unido.
A Índia é neste momento um dos países mais afetados pela pandemia, com um número de mortes que apenas fica atrás dos registados no Brasil e nos Estados Unidos.
Coronavírus / Covid-19
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