A pandemia afetou várias áreas da economia e o setor imobiliário não fugiu à regra. De acordo com o Público, a procura de quartos para arrendar na plataforma OLX teve uma queda abrupta entre os meses de maio e agosto. Em contrapartida, a oferta de imóveis na plataforma disparou 228% em relação ao mesmo período do ano passado.
O panorama imobiliário em Portugal resume-se assim: muitos quartos para arrendar, mas pouca procura por parte dos inquilinos.
Em relação ao ano passado, os últimos quatro meses de 2020 registaram uma diminuição da procura de quartos para arrendar no OLX que se traduz numa queda de 88%. Contudo, houve um aumento da procura de casas de férias no final do estado de emergência, sobretudo na região de Lisboa e vale do Tejo, avança o Público.
Andreia Pacheco, brand manager do grupo OLX, explica que esta queda abrupta deve-se a “uma realidade que tem sido muito falada desde o surgimento da pandemia, nomeadamente no que concerne à falta de turistas no território nacional e à consequente necessidade dos proprietários de alojamento local darem outro uso aos seus imóveis”, disse ao diário através de um comunicado escrito.
A brand manager da plataforma explica que a consequência é uma “subida brutal da oferta” de quartos para arrendar, com a descida dos preços a acompanhar o crescimento de novos anúncios, “sobretudo em regiões onde estes estavam inflacionados”. Segundo o OLX, em relação ao período entre maio e agosto de 2019, a oferta disparou em 222%.
Segundo o Público, na capital, o preço médio por mês de quartos para arrendar na plataforma de arrendamento caiu drasticamente de 633 euros para 368 euros. A segunda maior descida registou-se a norte, no distrito de Viana do Castelo, onde os preços caíram de uma média de 233 euros por mês por quarto para 196 euros.
Por outro lado, em muitas regiões os quartos para arrendar no OLX registaram uma ligeira subida. Nos distritos de Coimbra e Viseu, os quartos tornaram-se mais caros, registando um crescimento de 32% e 38% no preço médio por mês, respetivamente. Também no Porto, o preço médio de quartos subiu de 278 euros para 309 euros por mês.
Apenas a cidade de Aveiro não sofreu praticamente nenhuma alteração. Ainda assim, os quartos mais baratos anunciados na plataforma ficam na Guarda, onde o preço médio é apenas 136 euros por mês, revela o Público.