No seu habitual espaço de comentário televisivo na SIC, Luís Marques Mendes disse que os recentes erros de António Costa nas últimas semanas revelam “sinais de que estamos no princípio do fim de um ciclo político”.
Desde a disputa com os médicos ao apoio à candidatura de Luís Filipe Vieira, Marques Mendes diz que o primeiro-ministro, desde que “veio de férias, só comprou guerras”. O comentador político, citado pelo Expresso, diz que António Costa dá sinais de “cansaço, esgotamento e falta de paciência” que depois dão sinais de “intolerância” e de alguma forma de “impunidade”.
Caso o chefe do Executivo não mude, vai aumentar o “desgaste e a degradação”, antevê Marques Mendes.
Relativamente ao Orçamento do Estado para 2021, o social-democrata diz que “ainda vai passar, provavelmente com o apoio do Bloco de Esquerda”. No entanto, realça que os bloquistas dificilmente vão prescindir das leis laborais.
Marques Mendes reiterou as críticas que já tinha feito na semana passada ao facto de António Costa integrar a comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do SL Benfica: “Tivemos duas remodelações, a de Luís Filipe Vieira, que retirou Costa da sua comissão de honra, e a mini-remodelação de Costa no Governo”.
“O primeiro-ministro não se vai meter noutra”, garantiu Luís Marques Mendes, recordando que Costa “nunca foi tão criticado como nesta semana”.
O comentador político realçou ainda que foi Luís Filipe Vieira que acabou por retirar o primeiro-ministro da comissão de honra, sendo que Costa não saiu pelo próprio pé. A saída aconteceu antes da conversa com Marcelo Rebelo de Sousa e da acusação do presidente benfiquista no processo Lex. “Tudo aquilo foi combinado”, sugeriu Marques Mendes.
“Era bom que a generalidade dos políticos, mas também dos magistrados, enquanto exerçam funções não se liguem ao futebol”, rematou.
Quanto à Operação Lex, o antigo líder do PSD admitiu que “a imagem de três juízes acusados de corrupção é péssima”. Ainda assim, salientou que nem todos os juízes prevaricam e que se deve, por isso, evitar generalizações.
Marques Mendes falou ainda sobre a evolução da pandemia em Portugal, concordando que “já estamos na 2ª vaga pandémica ou muito próximo dela”. “O mês de setembro, que ainda não chegou ao fim, está pior do que o mês de abril, que foi até agora o pior mês”, acrescentou.
Estes casos de tachos que se conquistam depois de sair de algum posto de influência na vida do País, e perduram, seja em que servidor de televisão for, não será por acaso, e que se saiba as autoridades nunca fizeram uma inspeção a tal estranha e excepcional acontecimento.