Em breve, os Estados Unidos da América podem vir a recolher dados pessoais de imigrantes que venham para o país. A ideia é criar uma base de dados com a cara, íris, voz e ADN.
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos propôs novas regras que podem permitir a criação de uma base de dados com a cara, íris, voz e ADN dos cerca de 6 milhões de pessoas que por ano procura imigrar para o país. Nem as crianças escapam.
O portal OneZero escreve que, a confirmarem-se as novas regras, as informações pessoais de mais de 70% dos candidatos à imigração serão inseridas numa base de dados do Departamento de Segurança Interna. Não só os imigrantes perdem privacidade como muitos são obrigados a pagar uma taxa de 85 dólares pelo processamento biométrico.
O Departamento de Segurança Interna justifica que a recolha de dados das crianças tem como objetivo ajudar a combater o tráfico humano na fronteira. As regras explicitam que os dados são apenas partilhados com as autoridades norte-americanos e não serão divulgadas a terceiros.
Isto permite que, por exemplo, a polícia possa procurar as impressões digitais na base de dados de imigrantes durante uma investigação criminal. Em contrapartida, há também o risco de uma imagem de fraca qualidade usada num reconhecimento facial possa colocar um imigrante inocente sob suspeita devido a um erro do algoritmo.
Esta iniciativa pode acarretar um custo anual de cerca de 500 milhões de dólares. As regras estão abertas a comentários durante 60 dias, período após o qual o Departamento de Segurança Interna vai revê-los e tomar medidas.