Lukashenko demite embaixador em Espanha por criticar situação da Bielorrússia

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Amanda Voisard / UN Photo

Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia desde 1994

O Presidente da Bielorrússia demitiu, esta segunda-feira, o embaixador do país em Espanha por ter criticado a violência policial e apoiado uma recontagem dos votos das eleições Presidenciais.

A agência Belta informou que o chefe de Estado, Alexander Lukashenko, assinou o decreto de destituição de Pavel Poustovoi, que acumulava o cargo de embaixador do país em Espanha com o de representante bielorrusso na Organização Internacional de Turismo.

Poustovoi comentou, a 19 de agosto, na sua página de Facebook, que a situação nesta antiga república soviética era “inaceitável” num país europeu do século XXI.

O embaixador também advogou uma nova contagem dos votos das eleições Presidenciais, como forma de resolução pacífica da crise, e uma investigação judicial contra os que atacaram os manifestantes e instigaram o uso excessivo da força por parte da polícia antimotim.

Poustovoi, um dos líderes da oposição unida, que foi ministro da Cultura, garantiu à agência EFE que Lukashenko ficou parado no século XX.

Na semana passada, o embaixador da Bielorrússia na Eslováquia, Igor Leshchenya, que apoiou publicamente os protestos contra o Presidente, também pediu a demissão, um gesto interpretado como um sinal de divisões crescentes entre a elite política bielorrussa.

Este domingo, em Minsk, mais de 100 mil pessoas participaram na terceira marcha pacífica contra Lukashenko, que propôs mudar a Constituição mas nega-se a dialogar com o Conselho Coordenador da oposição para uma transferência de poder.

O chefe de Estado, de 66 anos, enfrenta um movimento de contestação inédito. A crise foi desencadeada após as eleições de 9 de agosto que, segundo os resultados oficiais, reconduziram Lukashenko para um sexto mandato presidencial, com 80% dos votos.

A oposição denunciou a eleição como fraudulenta e milhares de bielorrussos têm saído às ruas por todo o país para exigir o afastamento de Lukashenko. Os protestos têm sido reprimidos pelas forças de segurança, com milhares de pessoas detidas e centenas de feridos.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. Há um plano global oculto que conspira na sombra contra os governos sérios que pugnam pela sua independência livre do imperialismo yanky que lhes querem impor.
    Venezuela, Bolívia, Ukrania, Libia, Siria, Tunisia e agora Bielorússia (que se assemelha em tudo ao golpe na Ucrânia) todas as tentativas de golpes de estado um pouco por todo o mundo.
    O começo é contestar os resultados eleitorais quaisquer que eles sejam e depois é só contratar mercenários agitadores para organizar as multidões mal informadas.

    • O seu comentário é a verdadeira face do plano global oculto. O plano global paga-lhe alguma coisa por cada comentário que publica ou você já acredita mesmo naquilo que escreve?

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