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Mais duas mortes e 235 novos casos. Ministra fala em “situação de estabilidade”

António Cotrim / Lusa

Portugal regista mais duas mortes por covid-19 e 235 novos casos de infeção em relação a quinta-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, desde o início da pandemia até registaram-se 53.783 casos de infeção confirmados e 1.772 mortes.

A região de Lisboa e Vale do Tejo totaliza esta sexta-feira 27.794 casos de covid-19, mais 149 do que no dia anterior – ou seja, 63,4% do total de novos casos, seguindo-se depois a região Norte (63,4%). O Alentejo deu um “salto” e apresenta 13 novos casos.

Há registo de 197 recuperados. Ao todo, são já 39.374 desde o início da pandemia.

A taxa de transmissibilidade (RT) da covid-19 em Portugal subiu nos últimos dias, situando-se acima de um (1), afirmou esta sexta-feira a ministra da Saúde.

Na conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia, Marta Temido afirmou que, entre 5 e 9 deste mês, o índice de transmissão da doença, foi estimado em 1,04, o que mostra “uma ligeira tendência de crescimento”.

Entre os dias 3 e 7 de agosto, a taxa de transmissibilidade (número médio de casos secundários que resultam de um caso infetado) estava nos 0,99. “Estes resultados aconselham uma atitude de precaução e manutenção do esforço consistente de todos, face aquilo que é a evolução do contexto internacional”, acrescentou.

Temido fala de “situação de estabilidade”

Comentando o número de novos casos de países vizinhos, como é o caso de Espanha, que tem registado cerca de 3.000 novos casos diários, a ministra diz que os números, no seu entender, podem não significar que estamos perante uma segunda vaga nestes países.

“Não sei se tecnicamente podemos dizer que há uma segunda vaga”, disse, lembrando ainda que nem é possível saber com exatidão se a primeira ficou para trás. “Mas sem uma vacina, a doença persiste entre nós. Estamos sujeitos a ondas sucessivas”.

Marta Temido congratulou-se pelos números dos últimos dias em Portugal, que “voltam a alinhar com a tendência do número médio de casos semanal, que ronda os 240”.

Diria que estamos numa situação de estabilidade“, continuou, acrescentando que “há mais momentos de convívio, portanto, infelizmente, há mais risco, há surtos aos quais não conseguimos obviar completamente e portanto há novos casos”, disse Marta Temido.

Por sua vez, o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, confirmou hoje haver surtos de covid-19 que aconteceram em atividades de caráter religioso, nomeadamente na região de Lisboa e Vale do Tejo, mas sem precisar números.

O diário Correio da Manhã noticiou que seis de 12 padres que participaram num encontro da organização católica Opus Dei, em Vila Nova de Gaia, testaram positivo a infeção com o coronavírus que provoca a doença covid-19 e que o número pode aumentar nos próximos dias, já que ainda falta conhecer o resultado de alguns testes.

Questionado na regular conferência de imprensa de atualização da informação sobre a covid-19 sobre se há surtos em outros locais do país com origem em encontros religiosos, Rui Portugal disse não conseguir “precisar o número exato de surtos”, mas afirmou que existem “a nível nacional, em particular na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo”.

“Lembro-me que, de facto, existem duas ou três situações na região de Lisboa e Vale do Tejo” ligadas a confissões religiosas de caráter protestante, disse ainda.

ZAP // Lusa

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