Mantém-se tudo na mesma. Mário Centeno herda os pelouros de Carlos Costa, ficando responsável pela comunicação e pelo departamento de estudos económicos.
Mário Centeno, governador do Banco de Portugal (BdP), não fez mudanças na distribuição dos cargos da administração… pelo menos, para já. Segundo o Expresso, o novo governador fica com todos os departamentos que, anteriormente, estavam sob a liderança de Carlos Costa.
Um dia depois de assumir a liderança da instituições, a 21 de julho, o conselho de administração reuniu-se com a alteração da distribuição dos pelouros na agenda e para decidir quem substitui o novo governador na sua ausência.
Segundo a Deliberação n.º 771/2020, publicada esta quarta-feira em Diário da República, além do gabinete do governador, Centeno ficará responsável direto pelo secretariado-geral, pelas relações internacionais, pela auditoria, pela comunicação e museu e ainda pelo departamento de estudos económicos.
O diário lembra que estas funções estavam a cargo do ex-governador Carlos Costa, pelo que não há qualquer mexida, nem sequer de quais os membros da administração que o substituem em cada um deles.
O departamento de estudos económicos fica nas mãos de Centeno, que não conseguiu dirigir quando Carlos Costa era governador do Banco de Portugal. Em 2013, antes sequer de assumir a pasta das Finanças, Centeno era diretor-adjunto deste departamento, mas, apesar de ter vencido o concurso para subir a diretor, o nome foi vetado por Carlos Costa.
Mário Centeno também será o substituto da administradora Ana Paula Serra no departamento de supervisão prudencial, aquele que assegura a vigilância sobre os bancos nacionais.
O vice-governador, Luís Máximo dos Santos, continua responsável pela resolução bancária (e pelo Fundo de Resolução) e pela supervisão comportamental; o administrador Hélder Rosalino é o responsável pela área financeira; a administradora Ana Paula Serra pela supervisão prudencial; e o administrador Luís Laginha de Sousa pelos recursos humanos.
O Expresso salvaguarda que há mudanças por vir na autoridade bancária: Centeno está obrigado a propor ao Governo um novo administrador para o BdP (Hélder Rosalino terminou o mandato em setembro), sendo que poderão ainda sugerir mais outros dois nomes para administradores. Há também espaço para um novo vice-governador.